Sala de Estar

Enquanto os gémeos se divertiam, como dois bebés adoráveis que eram, eu e Enzo aproveitávamos para dar um pouco mais de atenção em nós. Havia uma boa conversa, alguns beijos castos à mistura.. Estava a apreciar bastante aquele momento. - Hum.. Enzo, o que é que aconteceu à Allegra? - perguntei, como quem não quer a coisa.

De onde vinha aquela pergunta agora? Suspirei.
- Mandei-a para um asilo psiquiátrico na Sibéria. Teria sido demasiado fácil matá-la apenas. 

Mesmo assim, ainda queria a minha vingança contra ela. Mas não ia alimentar aquela conversa. Mudei logo de assunto. - Já escolheste o nome, caso seja menino?

Fiquei agradado com  a mudança de assunto. Este era um muito mais feliz e, sem dúvida, mais importante.
- Já tenho alguma coisas pensadas, claro... Mas tem que ser uma decisão dos dois. O que achas de Pietro? Ou Romeo?

Nenhum dos dois nomes me agradava. Achava-os fracos, pouco elegantes para uma linhagem Ricci. Abanei logo a cabeça. - Pietro é demasiado simples, já Romeo.. hum.. eu não gosto.

Aquilo fez-me rir. Não ia ser fácil de agradar a Celine - Ainda temos muito tempo para pensar. Pode até não ser um rapaz. Tu já pensaste em nomes?

Beijei a sua face. Eu queria muito dar-lhe mais um filho homem.
- Ainda não tenho nada em mente. Mas gosto de Alessandro..

- Alessandro. - Disse o nome com curiosidade. Nunca houvera algum Alessandro na minha familia, pelo menos não desde o meu bisavô - Alessandro. É um bom nome.

Pensei um pouco mais no nome Alessandro. Fiz uma careta.
- É um bom nome, mas não sei.. Não sei realmente se gosto..

Aproximei-me dela e beijei-a na face - Temos muito tempo, não importa - Sorri. Ainda faltava algumas semanas até descobrirmos o sexo, pelo menos.

- Tens razão. - Ajeitei-me melhor no sofá. - Sabes, fiquei surpreendida por não teres vindo dormir comigo. Pensei que quando visses a chave o fosses fazer.

Vontade não me faltara - Quis ir. Não quero estar afastado de ti... Mas senti que preferias que eu não o fizesse logo. Por alguma razão ainda não resisti aos meus encantos e ainda não fomos parar a uma cama - Ri.

Tão depressa eu não iria querer sexo. Beijei a sua face. - Tudo bem, mas eu rapei frio, só para quee saibas.. - fiz uma careta.. Fui puxar os gémeos para perto de nós.

- Posso redimir-me esta noite e assegurar-me que não passas frio - Disse baixinho, olhando-a com curiosidade. Depois sorri.
Prosseguimos com a nossa tarde em familia.

Não disse nada sobre aquilo. A sua presença era bem vinda e ele sabia.
O resto da tarde passou rápida e tranquila. Fiquei até para jantar.

Grazi preparou um jantar fenomenal. A empregada adorava ter a família toda junta novamente.

Até o jantar foi bem passado. Os gémeos adormeceram e fomos pô-los nos seus berços. Tinha que admitir, sentira imensa falta de nos ver todos juntos. Parecia ser algo correto, que se encaixava na perfeição.

Depois de deixarmos os gémeos a dormir, surgia aquela altura da noite em que normalmente nos despedíamos. Desta vez ia garantir que não seria assim - Não queres ficar aqui esta noite?

Eu queria ficar mas não sabia se era aquela a altura ideal, nem se me sentia preparada. Passei as mãos pela barriga. - Acho melhor ir para a minha casa.

- Não quero que passes a noite sozinha. Nem quero passar a noite sozinho - Aliciei e acariciei a sua face - Durmo sempre melhor se estiveres ao meu lado.

Soltei um longo suspiro. Censurei-me quando percebi que estava a começar a ficar convencida. - Tudo bem.. - murmurei. Nós não estávamos a ir depressa de mais, pois não? Quer dizer.. Eu até já lhe dera a chave da minha casa.

Sorri sem esconder a minha satisfação, ou melhor, alegria. Há quanto tempo não passávamos uma noite juntos? Desde a nossa noite de núpcias, mais ou menos - Ainda bem - Procurei os seus lábios.

Beijei os seus lábios e depois afastei-me dele. A minha mão procurou a sua. - Podemos dormir no outro quarto? - no quarto negro, queria eu dizer.

Olhei-a com alguma curiosidade, apercebendo-me do quarto que ela falava - Hum...nunca dormi nesse quarto - Servia-me apenas para o sexo, nada mais - Tens a certeza?

Apanhei a sua outra mão e deixei-me estar a brincar com elas. Ele ainda usava aliança assim como eu, o que era curioso. - Sim, quero dormir nesse quarto.