Sala de Estar

Gostava de quando nos púnhamos daquela forma. -  Não tanto como eu tenho em te ter.  - Acariciei a sua face, olhando-a.

Fiz uma careta. Não iria ripostar. Beijei-o nos lábios e sorri. - Eu não posso chamar-te de troféu e sim de tesouro. Uma relíquia italiana. - de certa forma sentia-me orgulhosa por ser eu, a escolhida e não tantas outras, tão mais bonitas, tão perfeitas.

- Agora estás a soar lamechas - Comentei com um sorriso divertido. - Mas está bem, eu até gosto de te ouvir dizeres isso.

- Não me gozes!. - comecei-me a rir e continuei. - Tu viraste o meu mundo ao contrário Ricci. Fizeste-me querer filhos, fizeste-me querer casar. No meio de tantas coisas que passámos, podes ter a certeza que amar-te é das coisas que nunca me vou arrepender.

Sabia tão bem ouvir aquilo. Depois de tudo o que acontecera em Itália, era dificil sentir-me 100% seguro com a nossa relação. Eu não merecia Celine e ela sabia. Estava nas suas mãos - Se não fosses tu, era provável que nunca me tivesse casado nem muito menos ter filhos. É um milagre. És o meu milagre, Cel.

Deixei escapar um sorriso convencido ao ouvi-lo e beijei-o muito rapidamente. - Eu sei, eu sei. - ri-me. Se não nos tívessemos encontrado, provavelmente estaríamos a seguir vidas bem diferentes daquela. - Hum.. Já sei o nome do nosso filho. Francesco Ricci.

- Francesco Ricci - Disse, experimentando o nome - É um excelente nome, digno de um Ricci. Mas pode ser uma menina. E se assim for?

Eu queria muito um menino, mas também ficaria feliz se fosse uma menina. Nesse caso.. hum.. - Er.. - cocei o couro cabeludo. Não fazia ideia que nome lhe dar. - Francesca? - gozei.

A facilidade com que ela arranjou o nome divertiu-me - Lamento mas Francesca para uma filha nossa... naahh - Não era bom o suficiente - Bianca? Ou Carolina?

Fiz uma careta. Eu estava convencida de que era um menino, por isso era-me igual. - São os dois horríveis. Não.. Fica Sienna número dois.

Ri-me - Creio que depois ambas as irmãs se iam ressentir com isso. Ficavas tu com as culpas.

- Podias ficar tu com as culpas.. - Cruzei os braços ao peito e fiz beicinho. - Bem, não interessa, se for menina, vamos arranjar algo tão bonito quanto o nome dos gémeos. - só esperava que não tivéssemos mais gémeos, aí sim, seria o caos.

- Claro que sim - Como se algum filho nosso tivesse alguma vez um nome feio! - Quando é ficamos a saber o sexo?

- Na próxima ecografia. - disse com um sorriso. Dali a uns dias saberíamos o sexo do bebé. Eu andava ansiosa o tempo todo, tinha que ver se me acalmava. Abracei-o com força. - Afinal sempre me casei com um mafioso italiano. - tinha-lhe falado daquilo, quando ainda estava grávida dos gémeos.

- Ainda bem - Porque eu estava ansioso por descobrir. E até lá, não queria eleger preferências - Assim é.

Voltei a deitar-me em cima dele e beijei a sua face. - Isto tudo é muito bonito, mas tenho saudades tuas Enzo. - e quando lhe dissera que estava pronta para tentar, era porque talvez assim o fosse.

- Como assim? - Questionei, não a entendendo de todo.
Eu era o mesmo, não era?

- Hallo?! SEXO?! - abanei a cabeça. Nós não o fazíamos desde que engravidara e eu sabia que era por mim. - Já disse que estava pronta.

Terminei o meu ar perplexo. Ela tinha-me dito que estava pronta mas eu quisera dar-lhe tempo para se ambientar melhor a esse ideia - Eu sei, mas também me fizeste um pedido. Precisos de uns dias.

Oh... Eu pedira-lhe uma primeira vez. Não pensei que ele se lembrasse daquilo. Sorri abertamente. - Está bem, também não há pressa.

Beijei-a. Claro que havia pressa, eu estava desejoso. Mas ia tentar fazer tudo direitinho - Vou compensar.

- Ainda bem que dispensei os empregados todos. Comprei umas lingeries novas e faço questão de as usar. - roubei-lhe alguns beijinhos. E tinha que aproveitar agora, quando a barriga ainda não se notava. Depois disso, ia parecer uma pipa.

- Desse ponto de vista já fico mais contente por os teres dispensado - Comentei com um sorriso malicioso.

E eu teria um gosto enorme em o provocar durante aqueles dias em que estivéssemos sozinhos. Mordi o seu pescoço.

- Hum... - O que é que ela estava a fazer?
- Cel..