Quarto

Não ia insistir mais. Se ela não queria, não queria. Estava furioso, é claro, mas não o demonstrei - então resta-me aproveitar enquanto te tenho.

Ficava contente, por ele não insistir mais naquele assunto. A verdade é que estava a ficar desconfortável. - Sim.. - mostrei-lhe um pequeno e tímido sorriso. - As nossas férias aqui estão quase a acabar, devíamos aproveitar, em vez de estar com estas coisas todas.

- Exactamente. Aproveitar...
Por essa mesma razão, inclinei-me sobre ela e beijei-a.

Puxei-o logo pela camisa, para o pé de mim.
Eu nunca sentira nada semelhante, ao que sentia por ele.

Envolvi o seu corpo com os meu braços à medida que ia aprofundando o beijo. Só a queria a ela naquele momento.

Acabámos por ficar abraçados um ao outro. A última coisa que queria era sexo. A barriga iam ficar grande e tornava-se cada vez mais desconfortável.

Teria de me contentar com apenas aquilo, chegaria. Beijei o seu pescoço e depois abracei-a ternamente.

Talvez tivéssemos aproveitado mais, se aquilo tivesse acontecido há uns meses atrás. Deixei-me ficar abraçada a ele. E como seria de esperar, adormeci.

- já só temos um mês e meio, dois e meio se correr tudo bem e eles chegarem a tempo - suspirei. Era tão pouco tempo

- Hum.. rum.. - murmurei já mais para lá do que para cá. - Não.. não penses nisso Enzo. Dorme, faz-me companhia.

ele que durma, que a celine tem que entrar em acção u.u

Era impossível não pensar. Descontraí e fechei os olhos. às tanta acabei por adormecer.

Aproveitei para sair do quarto, assim que ele adormeceu. Certifiquei-me que os empregados não estavam em casa e segui até ao seu escritório. Eu não queria fazer aquilo. Acabara por ligar ao meu irmão a insistir, a tentar demovê-lo e que esquecesse aquela ideia. Mas não conseguira.
Transferi o resto dos 35 milhões de dolares para uma conta anónima. Já andava a transferir dinheiro para essa, desde que ganhara a confiança de Enzo. De resto, estava tudo concluído. As três regiões onde o tráfico era poderoso, também estavam na posse dessa conta, já para não falar de alguns terrenos, que Enzo tinha. Suspirei. Não ia chorar, não ia.. mesmo que fosse difícil. Arrumei tudo como estava e tranquei a porta do escritório.
Voltei para o quarto, quando me recompus. Deitei-me ao lado de Enzo e acariciei a sua face.

Eu acordei algum tempo depois. Era a cara dela que via mal abri os olhos - hey...

Sorri quando o vi acordado. Estava praticamente na hora de jantar. Sentei-me na cama. - Hum.. - mordi o meu lábio. - Que tal um jantar lá fora, no jardim?

- parece-me bem... eu faço. ainda tenho uns truques de culinária na manga - disse, levantando-me logo de seguida.

- Está bem. - sorri abertamente e seguimos ambos para o andar de baixo.
Depois daquilo tudo, precisava de esquecer.

encerrado.

Acabei por passar aquelas horas todas sozinha no quarto. Anoiteceu e depois de jantar, mesmo naquela divisão, vesti um pijama e fui para a cama dormir.

Fui para o quarto, lamentando não ter passado um bom dia com aquela. Juntei-me a Celine na cama.

Não estava chateada. Não queria pensar naquilo. Mas obviamente que ficava triste, por irmos embora. Mas não valia a pena alimentar ilusões. Assim que ele se deitou ao meu lado, tomei um comprimido para dormir e fechei os olhos.

Vagarosamente, procurei o seu corpo na cama e abracei-a. Minutos depois adormeci.

Acordei às oito e meia da manhã. Não sabia a que horas ele queria ir, mas mesmo assim aprontei-me e com a ajuda dos empregados trouxe as minhas coisas lá para baixo. Deixei o quarto e fui comer.

Quando acordei fui tomar banho e vestir-me. Já não havia nada nosso no quarto. Fechei a porta depois de sair.

Aquela fora a nossa última noite juntos. Fizemos amor por diversas vezes e só lá para o final da noite e início da manhã é que adormecemos. Depois daquilo, longos dias se seguiriam.

A meio da manhã já estava pronto para ir embora. Tinha-me despedido dos gémeos, tendo tratado deles a minha quase toda. Ia sentir a falta deles. Despedi-me do pequeno Francesco, odiando perder dias do seu primeiro mês de vida. De Celine despedira-me durante a noite em cada caricia ternurenta.  Estava agora a dar alguma indicações à força de segurança que ali ficaria. Discretamente, passei uma pasta a um dos homens, Michel, em que eu mais confiava - Caso alguma coisa me aconteça, dá isto a Celine. - Ele confirmou-me que assim faria.

Quando acordei, já Enzo não se encontrava em casa. Senti uma dor enorme por o ter longe de mim. Mas tinha que ser forte e acreditar que iria dar tudo certo e que dentro em breve a nossa família estaria novamente junta. Francesco acabou por acordar com fome. Os gémeos brincavam alegremente com Grazi e Oscar.