Quarto da Cel

Relembrando a primeira mensagem :

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Eu não ia deixá-lo sair assim. Corri rapidamente atrás dele e puxei-o pelo braço assim que o alcancei. - Já fizemos coisas bem piores um ao outro e nem por isso deixámos de ficar juntos. - arrastei-o para uma arrecadação e tranquei-nos lá.

Daquela é que ela não esperara, hein?
- Independentemente de me faltar a memória, tejho a certeza que eu nao tolero que ma mulher minha me traia com outro. Especialmente à minha frente.

Enzo estava a conseguir tirar-me do sério. - Eu podia atirar-te tantas coisas à cara neste momento... - mas não o ia fazer. Primeiro porque eram coisas do passado e segundo porque tinha medo que ele tivesse alguma crise ou algo do tipo. Fiz um esforço para tentar acalmar-me e respirei fundo. - Engraçado, como tu só me usas para proclamar território. Eu devia mesmo ter coragem para te trair. Pena que isso nunca vai acontecer.

- Tens o quê para me atirar à cara? - Não duvidava que ela o tivesse. Eu não era santo nenhum. Longe disso.
Um sorrisinho apareceu-me na cara. - Ontem ter ido para a cama contigo não foi marcar território. Mas a maneira de como o Michel age faz com que eu tenha de agir assim. E, se te deixa mais contente, eu não ando a domir com mais ninguem. Nem tenciono faze-lo se tu não o fizeres. - Que estupidez estava eu a dizer?

- Vamos deixar isso para outro dia. Um dia em que não sejas um completo idiota. - fiz uma careta. - Esquece o Michel. - encolhi os ombros. - E quanto a isso, hum.. bom, sim, parece-me bem. Mas se algum dia ficares com outra mulher, se olhares para outra mulher, se fizeres o que quer que seja com outra mulher, podes considerar-te um homem morto.

- Uhhhh, que medo - Fingi um ar assustado perante a sua ameaça - Acabamos esta discussão por aqui? - sugeri.

Revirei os olhos. Ele estava a gozar com a minha cara e eu estava a falar muito a sério. Só de o imaginar com outras mulheres o meu estômago remexia-se. - Acabamos sim. - suspirei. - Voglio un bacio.

Sorri quando ela me pediu um beijo em italiano. Era muito sensual, na verdade. Ela flava um bom italiano com uma pronúncia bonita. Aproximei-me. Olhei-a. Então agarrei-a e puxei-a contra o meu corpo. Beijei-a com uma força quase bruta e delicada ao mesmo tempo.

Soltei um gemido de satisfação. Entrelacei os meus braços ao seu pescoço e intensifiquei o beijo. Prendi o seu lábio inferior entre os dentes e puxei-o.

Gostava de toda aquela ferocidade. Era bem ao meu gosto. E trazia-me certas sensações à memória, rembora nenhuma imagem concreta. Troquei-nos de posição. Pressionei-a contra a parede ao mesmo tempo que aprofundava o beijo.

As minhas mãos desceram até à sua cintura e adentraram pela sua camisola. Abracei-o com força e afastei as nossas bocas. - Não ias embora? - levei a boca até ao seu pescoço e chupei-o.

A atracção era mútua. E intensa. Era palpável no ar daquela pequena divisão.
-Sou capaz de ter mudado de ideias - Respondi. Caramba, ela era boa....
Não me conseguia manter quieto durante aquilo. Uma das minhas mãos procurou o fecho do seu vestido.

- É, reparei que sim. - Travei a sua mão antes que alcançasse o fecho do meu vestido. Desta vez, fui eu quem o puxou contra a parede.  - Eu pedi apenas um beijo. - chupei o seu pescoço e afastei-me. Destranquei a porta e saí dali.

Cabra. Por aquela reviravolta eu não esperava, mas não podia dizer que estava surpreendido. Até estava, de certo modo, atraído pela sua resistência.
E aquela era a minha deixa para ir embora, mas no entanto não o fiz. Fui atrás dela e agarreia-a pela mão - Sabes uma coisa? Não gosto lá muito de regras. Só um beijo não. - e lancei-me para lhe dar outro.

Virei a cara no mesmo momento e sorri abertamente. Os meus dedos subiram pelos botões da sua camisa. - Fica cá está noite e pode ser que amanhã voltes a ter mais que isso.

- Amanhã? - Questionei , erguendo o sobrolho. Ela não devia estar a falar a sério. - Queres que fique num qulquer quarto de hóspedes? Nah.

- Sim amanhã. E eu nunca disse isso Enzo. - revirei os olhos. - A minha cama é suficientemente grande para nós os dois. E depois, preferes ficar para sempre num quarto de hotel qualquer?! Acho que aqui é sempre melhor.

Ainda bem que a sua proposta era assim. Não era bem o que eu queria de todo, mas podia contentar-me. Mas só desta vez. - Está bem - Era bem melhor do que o meu quarto de motel. - Acompanhas-me?

Spoiler:

Tentei não demonstrar uma felicidade exagerada e controlar o meu sorriso e acenei positivamente. Amanhã ele teria uma surpresa. - Claro que sim. - entrelaçado os meus dedos aos seis e seguimos até ao meu quarto.



Não me lembro de ter perguntado algo

Nenhum de nós preferiu uma única palavra enquanto nos despíamos. No entanto, o silêncio não era de todo constrangedor. Amarrei o meu cabelo num pequeno rabo de cavalo e fiz o vestido deslizar pelo meu corpo abaixo, deixando à mostra a lingerie de renda preta que envergava. Vesti o meu robe de seda e aproximei-me dele. Uma das minhas mãos desceu até ao cinto das suas calças, enquanto a outra adentrava pelos seus boxers, apertando o seu membro por cima do tecido. A minha boca percorreu o seu pescoço, deixando aí uma marca avermelhada.

Massajei o seu membro já desperto com movimentos cima e baixo, sentindo-o cada vez mais duro contra a minha mão. – Tsc.. Tsc.. *Donami.. – sorri contra a pele do seu pescoço e depositei um beijo na zona em que o tinha marcado. Belisquei a sua glande com a ponta dos dedos e beijei-o muito rapidamente. – Boa noite, Enzo Ricci. - afastei-me dele e deitei-me na cama.

*amanhã

Mas é que ela só podia estar a gozar comigo. Colocava-me naquele estado de quase loucura, em que precisava de me aliviar e retirar prazer daquilo. Mas não. - Uh, isto é mauzinho - caraças, se não era. Respirei fundo e tentei controlar-me. Evitei ir para a caso de banho e tratar daquilo eu próprio. Despi o resto da minha roupa e deitei-me no outro lado da cama.

Aproximei-me o suficiente para que os nossos corpos se tocassem. - Podia ser pior. Eu podia ter-te deixado quase lá e depois parar. - beijei a sua face e descansei a cabeça no seu ombro. Em pouco tempo adormeci. Amanhã seria um novo dia.