Quarto da Cel

Relembrando a primeira mensagem :

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- Como é que tive um filho que não gosta de pasta? - Perguntei de seguida, curioso.

- Pasta é nojento, Enzo. - revirei os olhos. - Pergunta antes como é que de três filhos, apenas um tem bom gosto.

- Pasta é pasta. Como dizer isso? Como é que a Grazi vos tem alimentado? Ela faz uma pasta deliciosa - Retorqui.

Nem a deliciosa pasta de Grazi conseguia fazer com que eu e o mais novo gostassemos de pasta. Já os gémeos adoravam tanto que era um dos seus pratos favoritos. - Existem mais comidas no mundo Enzo. - fiz uma careta. - Com ela é difícil passar fome. Nunca conheci ninguém que soubesse cozinhas tantas coisas e todas de forma deliciosa. E olha que eu nunca fui muito dada a comer.

- Ela é italiana. Claro que sabe cozinhar assim tão bem - Desde pequeno que me lembrava de passear pela cozinha e ficar derretido pelos cozinhados de Grazi. - Vou ter mostrar ao Francesco o que é bom.

- Não Enzo, deixa o meu menino não gostar de pasta em paz. - voltei a tocar no seu ombro, mas desta vez apenas o belisquei. - Ele é como a mãe.

- É teimoso, então - Devia ser a caracteristica de Celine que mais se percebia. - Deixa-me ver se entendi. Nunca tivemos um casamento a sério, sério.

- Um pouco. - mas os gémeos eram muito mais. Até porque eles eram como uma equipa, o que tornava as coisas pior. - Sim. Nós íamos casar a sério quando voltasses de LA.

- Morrer estraga mesmo planos assim - Comentei mas sem achar piada nenhuma ao sucedido. - Já tinhas planos para o casamento?

Concordei com ele, abanando a cabeça. - Um pouco sim. Eu nunca tive interesse em casar, mas naquela altura.. bem.. até que estava animada com a ideia do nosso casamento. Íamos fazê-lo em Veneza.

- Venezia. - Sempre me aprece uma das cidades mais bonitas do meu país - Deixa-me imaginar. Na Basilica della Salute.

- Exactamente. - sorri abertamente. Fora das últimas coisas que tínhamos falado sobre o nosso casamento antes dele seguir para LA. Encolhi os ombros. - Bonita, perfeitinha..

Arrumei tudo no tabuleiro e fui pôr tudo na cozinha. Quando voltei para o quarto acabei por me deitar. - Devias ir descansar Enzo.

Soltei um gemido contra os seus lábios e abracei-o. - Amanhã já não vais sentir nada. Quer dizer, sentir até vais mas não será dor com toda a certeza.

- Que assim seja - Mas eu sabia que a dor ia continuar presente. Quando me ataca desta maneira só tinha tendência a piorar.

Adormeci em pouco tempo e dormi bastante bem. Quando acordei já conseguia ouvir movimentação pela casa. Segui até à casa de banho e fui tomar banho.

Não sei a que horas acordei. Continuava com uma dor de cabeça terrivel. Para a piorar só foi preciso perceber que estava sozinho na cama.

Saí do banho algum tempo de pois e segui para o quarto já minimamente vestida. Quando lá cheguei encontrei Enzo acordado. - Bom dia, sentes-te melhor?!

Envolvi os meus braços ao seu pescoço e beijei-o nos lábios. Algo rápido, sem muita intensidade. - Hum.. ainda bem. Estava a pensar em irmos almoçar fora, só nós os dois. Eu sei que disse que não tinha planos para sair deste quarto, mas é só um almoço. - ri-me. - O que achas?!

Eu, de qualquer das maneiras, estava pouco apto para a poder satisfazer durante todas aquelas horas. Por isso concordei - Parece-me bem. Mas depois podemos voltar. ..

- Sim, claro. - abriguei a sua face com as minhas mãos e apenas o observei por alguns minutos. Fiz uma careta. - Tens roupa limpa na casa de banho.

- Obrigado - Disse em relação à roupa. A passo lento fui até à casa de banho. Tive que tomar um duche rápido, o barulho da água fazia-me piorar a dor. Uma vez pronto, fui à procura de Celine.