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Sala de estar
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Gangsters LA :: Sydney :: Mansão Ricci
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Re: Sala de estar
Não conseguia discutir mais. A sua presença estava a deixar-me intoxicada. Precisava de me afastar o quanto antes, precisava de pensar em tudo aquilo. Cambaleei até às escadas e segui até ao andar de cima.
Re: Sala de estar
Segui-a sem falar mais. Numa sala recheada de brinquedos, vi dois rapazinhos. Um com ar de ter a mesma idade que a pequena, até tinham bastantes parecenças...e comigo. Ele parecia-se muito comigo quando eu tinha aquela idade. Depois, ao lado, mas a brincar com um carro, estava um mais novo. Tinha um enorme sorriso na cara e divertia-se. Quando olhou para mim, apenas sorriu e voltou a dar atenção ao seu carro.
Eu fiquei ali. Assoberbado e estático, sem entender como podia isto ser. Como podia não me lembrar. Sempre quisera filhos e agora sabia que os tinha, mas o destino cruel apagara-me essas memórias.
Re: Sala de estar
Eu estava desorientado, mas tinha de organizar as minhas ideias. Não podia ficar ali. Precisava de espaço para pensar. Isso, contudo, revelava-se complicado. Ao entrar na casa fui surpreendido pelos gémeos que quiserem que eu entrasse numa qualquer brincadeira com eles. A insistência da rapariguinha, Sienna, tornou impossivel esquivar-me.
Re: Sala de estar
Dera ordens expressas para não deixarem Enzo sair daquela casa. Nem que para isso tivessem que usar força bruta. Fui buscar os álbuns de fotos dos gémeos e de Francesco e pousei-os na mesinha da sala. - Já que não tens recordações, aí está algo que te pode ajudar. - e saí dali, directa para o escritório. Tranquei-me lá dentro para que não fosse incomodada.
Re: Sala de estar
Já mais tarde, ainda ali estava. Não sabia bem porquê. As crianças tinham-me deixado em paz. Grazi servira-me um copo de um bom whisky. Celine apenas fizera uma breve aparição. Demorei até ir vasculhar aqueles albuns, mas acabei por o fazer. Demorei imenso tempo com eles a ver se estimulavam as minhas memórias mas o único resultado que deu foi uma valente dor de cabeça.
Re: Sala de estar
Mais tarde, na hora do jantar, levei Francesco até ao andar de baixo e sentei-o na sua cadeirinha. Mandei Grazi chamar os gémeos e Enzo. Sentei-me em silêncio, concentrada numa notícia que via no tablet.
Re: Sala de estar
Porquê que eu ainda ali estava? Realmente, porquê? Ao mesmo tempo não queria e queria também estar ali. Sentia-me deslocado. Estávamos os cinco sentados à mesa. Deduzia que isto já acontecera antes...antes do coma que me levara as memórias... - Hum... - Levantei-me da mesa.
Re: Sala de estar
O meu olhar saiu do tablet para cair rapidamente em si. - Tens o quarto de hóspedes livre. - virei-me para Francesco, que estava com dificuldades em comer e ajudei-o. Os gémeos faziam brincadeiras entre si, enquanto comiam.
Re: Sala de estar
Eu não pertencia àquela cena familia - Grazie, mas não vou passar aqui a noite - Precisava de espaço para pensar.
Re: Sala de estar
Eu não o queria longe daquela casa e correr o risco de ele fugir de tudo aquilo. Mas compreendia se fosse demasiado para assimilar. Por isso, somente hoje, iria deixá-lo ir. Claro, ia andar de olho nele. Não era parva nenhuma. Nada disse. Deixei-me ficar atenta aos pequenos.
Re: Sala de estar
Não havia maneira bonita de me despedir. Era tudo tão estranho ainda. Acenei aos pequenos e fui caminhando para fora da divisão.
Re: Sala de estar
Alguns dias se passaram e o ambiente parecia calmo, apesar de estranho. Vincenzo tinha começado a aulas de piano, Francesco crescia bem e saudável e como sempre, Sienna era a mais rabugenta, uma traquinas que não parava de pregar partidas aos irmãos.
Tinha acabado de contar a Michel sobre a aparição de Enzo. Assim como eu, ficou surpreso, mas notei algo de estranho dele. Quando perguntei o que se passava, respondeu-me que estava tudo bem e que era preocupações desnecessárias a nível pessoal.
Entretanto tinha entrado em contacto com o meu irmão. Ele estava com saudades dos sobrinhos, mas as coisas em LA estavam complicadas.
De Nova Zelândia recebi notícias de Bella. Ela estava feliz e segura com o seu novo noivo. Optei-lhe por não lhe contar agora sobre Enzo. Aquilo ainda era uma gigante bola de neve.
O meu aniversário estava quase aí à porta e por isso, naquele dia, levantara cedo. Vincenzo fizera-me prometer, no dia anterior, que ia passar a manhã com ele. Segundo o mais velho, íamos comprar a minha prenda. Eu gostei da ideia do bebé e por isso fiz-lhe a vontade.
Tinha acabado de contar a Michel sobre a aparição de Enzo. Assim como eu, ficou surpreso, mas notei algo de estranho dele. Quando perguntei o que se passava, respondeu-me que estava tudo bem e que era preocupações desnecessárias a nível pessoal.
Entretanto tinha entrado em contacto com o meu irmão. Ele estava com saudades dos sobrinhos, mas as coisas em LA estavam complicadas.
De Nova Zelândia recebi notícias de Bella. Ela estava feliz e segura com o seu novo noivo. Optei-lhe por não lhe contar agora sobre Enzo. Aquilo ainda era uma gigante bola de neve.
O meu aniversário estava quase aí à porta e por isso, naquele dia, levantara cedo. Vincenzo fizera-me prometer, no dia anterior, que ia passar a manhã com ele. Segundo o mais velho, íamos comprar a minha prenda. Eu gostei da ideia do bebé e por isso fiz-lhe a vontade.
Re: Sala de estar
Vincenzo ficou de trombas mas não havia nada que eu pudesse fazer. Almoçámos todos juntos, em família. Eu, as crianças, Oscar e Grazie. Depois os pequenos foram brincar lá para fora, enquanto eu discutia alguns assuntos banais com os empregados.
Re: Sala de estar
Era perto das três quando me dirigi a casa de Celine. Tentei melhorar o meu humor (que não estava lá grande coisa devido à inaptidão que o meu mais recém falsificador demonstrava).
Re: Sala de estar
Deixei-me ficar no escritório o resto da tarde. Não tinha nada de importante a tratar, mas ao menos adiantava algumas coisas. Mais tarde foi-me avisado que Enzo tinha chegado. Não ia descer agora. Não tinha humor para encarar tudo aquilo.
Re: Sala de estar
Grazi recebeu-me e depois, nem passado um minuto, tinha uma princesa de cabelos loiros acastanhados e olhos claros colada a mim. O gémeo dela logo se seguiu - saudades papá - murmurou a pequena. Por iniciativa própria, levaram-me até ao quarto dos brinquedos. Bom, eles realmente tinham muitos. - Aqui está o teu carro, Vincenzo - Ele não estava surpreendido mas continuou entusiasmado e agarrou-se logo ao aparelho. Sienna ficou amuada por momentos - também tenho uma coisa para ti, principessa - tirei o colar do meu casaco - algo bonito para uma menina bonita.
Re: Sala de estar
Apesar de não os ver, conseguia ouvir os gritos alegres dos pequenos. O meu coração aquecia sempre que isso acontecia. Ainda bem que eles não percebiam nada do que se passava. Michel estava comigo ali no escritório. Ele ainda não se tinha encontrado pessoalmente com Enzo e parecia meio incomodado com o assunto.
Re: Sala de estar
Francesco, apesar de mais novo, pareceu entusiasmado com a bola e ficou a brincar com ela. Sienna ainda se mostrava encantada com o colar. E embirrou que dali em diante só queria ser chamada principessa. Eu far-lhe-ia a vontade. Já estava a entender que, mesmo que os conhecesse há pouquissimo tempo, era incapaz de negar o que quer que fosse aos meus filhos.
Re: Sala de estar
Eu não podia ficar ali trancada o dia todo. Levantei-me, pouco antes de ser interrompida por Michel. - O nosso jantar continua de pé?! - olhei-o com um ar duvidoso, mas acenei com a cabeça. Já tinha dado a minha palavra, não ia voltar atrás. Abri a porta e segui até ao quarto dos pequenos, que ficava mesmo à frente do escritório.
Re: Sala de estar
- Vais ficar connosco? - perguntou Sienna a dada altura, vindo do nada. Fui apanhado desprevenido. Curiosamente, Vincenzo e Francesco pararam de brincar e encararam-me. Os meus filhos, contatei novamente mas desta vez com uma forte onda de emoção a percorrer-me. Tinham-me roubado três anos das suas vidas. Não queria perder mais - Claro que sim, principessa. Vou estar sempre por perto.
Re: Sala de estar
Ainda fui a tempo de ouvir aqueles quatro. Encostei-me à ranhura da porta e cruzei os braços ao peito. Vincenzo assim que se apercebeu da minha presença, veio abraçar-se às minhas pernas e mostrou-me o carrinho com maior detalhe possível. Michel também ali estava, um pouco mais afastado, já no corredor, mas fitava atentamente Enzo. Podia ver um olhar estranho no seu rosto.
Re: Sala de estar
Subitamente fomos interrompidos. À primeira vista vi Celine, e só depois reparei no homem um pouco mais afastado. Reconheci-o de imediato - Michel.
Re: Sala de estar
Michel ficou ainda mais tenso do que já estava. Eu ainda não percebia o porquê de toda aquela reacção. Fui brincar com Vincenzo, por insistência do mesmo.
- Enzo... er... estás mesmo vivo.
- Enzo... er... estás mesmo vivo.
Re: Sala de estar
Era dificil mentir e dizer que estava morto. Obviamente, não era assim - Sim - Contudo, a ideia de que mais pessoas soubessem não era nada o que eu queria. Michel sempre me parecera de confiança, mas eu tinha de me lembrar que os Crips me tinham traído.
Re: Sala de estar
Michel deu um passo atrás e coçou o coro cabeludo. Ele continuava sem perceber muito bem como aquilo era possível. - Er.. que bom. - houve um breve momento de silêncio. - Ham.. Cel, venho buscar-te às oito. - acenei com a cabeça e voltei a dar atenção a Vincenzo. Um dos empregados acompanho-o até à saída da casa. Eu estava pouco animada para aquele jantar e saber que Enzo estava ali, sem se importar minimamente com isso, deixava-me ainda pior.
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