Locais Aleatórios

Eu quase entrei em pânico. A minha primeira reacção foi enterrar o meu salto no seu membro e dar-lhe uma cotovelada. Empurrei-o, afastando-o de mim. Não queria que Enzo me voltasse a tocar.

Ai, que ela estava durona agora. Magoou-me a sério mas nem por isso eu recuei. O avião já estava em pleno voo, não havia nada a fazer. Recompus-me. Então começou-se a ouvir o choro dos pequenos e eu apressei-me a lá chegar.

Já estávamos em voo, eu não conseguia comunicar com o meu pai. Quando os bebés começaram a chorar, apressei-me a chegar a eles. Ignorei Enzo, só me interessavam os meus filhos. Peguei em Vincenzo que estava fora de si e acalmei-o no meu colo.

A mim restou-me a minha pequena princesa Sienna. Embalei-a e tentei acalmá-la, o que ainda durou um bocado. Olhei para Celine. Eu não a queria perto dos meus filhos e ao mesmo tempo não a queria em mais nenhum outro lado do mundo senão ali! Era uma confusão e apercebi-me então que Florença, esta viagem, ia ser a minha única hipótese de a reaver.

Faziam dois meses que não via os meus filhos, as saudades eram tantas, que por vezes sentia que o meu peito ia explodir por tão apertado estar. Vin acabou por se acalmar. Apoiou a sua cabecinha em cima do meu ombro e foi brincando com o colar, que Georgini me tinha dado, até adormecer.

Eu tinha reparado naquele colar, o mesmo da festa. Era horrível e em nada se comparava com as preciosidades que eu lhe tinha dado. 
Como Sienna estava longe e voltar a dormir, brinquei um pouco com ela até por fim a deixar entretida com o meu telemovel.

Ali estava eu, presa, mas ao menos na companhia dos meus filhos. Fiz de tudo para ignorar Enzo, mesmo que se tornasse difícil. Depressa anoiteceu.

A viagem acabou  e eu sabia que para conduzir Celine até minha casa seria fácil. Ela ia para onde os gémeos fossem. Um motorista estava à nossa espera.

- o voo dura apenas uma hora de Roma  a Florença - 

Eu não ia sair de junto dos gémeos. Segui em silêncio com um deles ao colo até ao carro. A viagem seguiu-se.


i know e obrigado por estragares as coisas.

Do aeroporto, fomos para a minha casa em Florença. Não era, de longe, tão grande como a de Roma nem mesmo maior que a de Los Angeles mas era tranquila e tinha privacidade. Era o que se precisava.

opa, como é que era suposto empatar horas? 

Horas mais tarde já estávamos nós em Roma. Eu estava tão contrariado. Deixei os gémeos com a ama por momentos pois queria ficar a sós com Celine.
Tirei de uma mala uma arma pequena e discreta - Aqui está.

Apesar de todas as coisas que me tinham acontecido, Roma continuava a ser uma cidade magnífica e no que dependesse de mim, voltaria a visitá-la. Peguei na arma que Enzo me dera e guardei-a numa mala de mão. Uma 380, algo útil e fácil de manusear. Aquilo que eu exactamente precisava. - Thanks.

Aquela era a nossa despedida. Custava-me deixa-la ai e saber para onde ela ia.
- O que é que vais fazer quando isto acabar?

Ainda teria coisas a tratar em Roma depois daquilo tudo acabar. Fiz uma careta. - Vou tratar de umas coisas e volto para LA.

Não queria nada que ela ficasse ali.
- Não te convenço mesmo a vires comigo agora? Com os nossos filhos? Esquece isto.

Abanei a cabeça. Agora que eu estava certa do que ia fazer não havia volta a dar. - É por eles que estou a fazer isto. Não quero que cresçam a saber.. a presenciar o que aconteceu..

Aquilo era uma treta. Pior do que os nossos filhos saberem que o pai tinha violado a mãe, não havia - Os nossos filhos já estão marcados por cosias bem piores do que isso.

Lá isso era verdade, mas eles não precisavam de crescer a saber dessas coisas. Acima de tudo queria-os proteger. - Sim, mas no que depender de mim isso estará bem enterrado. - dei um passo atrás. - Eu preciso de ir..

Só que não dependia só de mim e dela. Muita gente sabia, havia imagens que tinham saído na net. Era uma mancha na nossa familia... Olhei-a simplesmente.

Não havia mais nada que eu quisesse dizer-lhe. Afastei-me dele e despedi-me dos gémeos. Aqueles dias sem estar perto deles seriam passados da pior maneira possível. Chamei um táxi e fui-me embora.

Suspirei. E era aquilo. Olhei para o aeroporto atrás de mim. Ia-me embora? apesar de tudo não conseguia deixá-la sozinha em Roma,  sabendo para onde ia. Decidi cancelar o voo e segui para a minha mansão.

No dia seguinte estava mais do que pronta para ir embora. Não tive tempo sequer para ir ao funeral. Não queria ser hipócrita e de certeza que não seria bem vinda. Os meus irmãos por mais revoltados que estivessem, não podia fazer nada quanto a  mim. E eles teriam um castigo, quando menos esperassem. Apanhei um táxi e entretanto telefonei a Enzo para saber sobre os gémeos. Disse-lhe também que voltaria ainda hoje para LA.