Quarto Negro

Sorri cinicamente. Para ele seria sempre mal educada. Engoli em seco, assim que o vi perto do seu armário. De facto, sim, estava com medo. Queria sair dali.

A sua expressão foi o suficiente para perceber que ela estava com medo. Isso deliciou-me, como sempre. Não peguei em nenhum dos meus instrumentos, apesar de o ir fazer mais tarde - despe-te. a não ser que queiras que o faça eu.

- É que nem penses. - podia estar com medo do que ele podia fazer, mas nem por sombras, me iria despir. - Deixa-me em paz Enzo. Estou farta de ti, desta tua insistência. Procura outra!

Ia dar-lhe a novidade. Aproximei-me dela com passadas largas. Coloquei a minha mão no seu queixo, olhando-a - novidade, já procurei outra. se te mostrares decente, esta é a última noite que aqui passas. tens aí a tua escolha. uma boa foda pela tua liberdade.

Eu não confiava na sua palavra e não concordava com aquilo. - Não é mais fácil deixares-me ir embora? Entende: não quero fazer sexo contigo! - revirei os olhos.

- Isso não teria piada nenhuma. E para além disso quero fazer sexo contigo. Depois deixo-te ires embora. - Depois daquilo ela já não me serviria para nada.

- Tu não queres fazer ''sexo'' comigo! Tu queres brincar comigo! Queres usar aquelas coisas.. - revirei os olhos. Não queria aquilo.. Mas.. ao mesmo tempo, queria-me ir embora dali. Podia estar a ser burra e tudo o mais, acabei por arriscar. Suspirei. - Mas.. está bem.

Para mim isso estava tudo encaixado na secção do sexo. Não diferenciava as coisas. - Já gostaste de brincar, não te vais arrepender desta vez. Mas atenção, o acordo é uma bela foda. Esmera-te. Caso contrário não sais daqui.

- Já gostei, não gosto mais. - Afastei-me ligeiramente da sua pessoa. Aquilo metia-me um bocado de medo, já que.. hum.. ia fazer aquilo contrariada. Engoli em seco. Mas se era pela minha liberdade.. - Está bem.

- Verás se assim é - eu cá achava que ela se estava a enganar a si mesma.
- Despe-te.

Só estava a fazer aquilo, apenas para me ir embora dali. Ainda fiquei meio reticente, entre despir-me, ou não, mas acabei por o fazer.

Ela estava a usar a lingerie que tinha comprado. Ficava-lhe bem, tal como eu esperara. Começava a deixar-me excitado. Passei as minhas mãos pelos seus seios arredondados, cobrindo-os com as mesmas.

Não era novidade, quando o meu corpo reagia ao seu toque.
Era algo que eu simplesmente detestava.

Preparei uma sessão light. Mas prazeroza na mesma. Assim que se deitou na cama, eu segui os seus movimentos. Explorei o seu corpo com o meu olhar, com as minhas mãos, com a minha língua... excitei-a até ao limite.

Ao contrário do que pensava, ele não fora tão bruto como dera a entender. O meu corpo contorcia-se num prazer imenso. E cada vez, mais depressa, ia-me sentindo excitada. Muito excitada.

Eu não a penetrei logo. E sim, fui buscar alguns dos meus "brinquedos" mas nada muito estranho ou doloroso, apenas serviam para intensificar. Continuei a beijá-la e coloquei a minha mão dentro das calças. O meu membro estava imenso e pronto, mas ia esperar mais um pouco.

Fiquei meio tensa com os brinquedos que ele foi trazendo, mas acabou por não ser nada e me proporcionar um prazer ainda maior do que pensava. Eu, naquela altura, estava mais do que pronta para o receber. - Enzo.. - gemi.

Ela era teimosa e casmurra, dizia sempre que não queria o meu toque ou a minha atenção mas depois era assim. Estava completamente vulnerável a mim e ao meu toque, rendida. Desta forma ela caía sempre. Baixei as calças - toca-lhe - disse, referindo-me ao membro.

Olhei para ele, meio reticente e meio admirada. Depois olhei para o seu pénis.
- É que nem penses. - apontei para o seu membro. - Eu não toco nisso.

Se ela não concordasse, ia deixar de a tocar e deixá-la naquele estado de pura excitação, não a satisfazendo. - Não queres ir embora? Eu disse uma boa foda, não estás a cumprir.

Sentei-me na cama e olhei-o seriamente. - Eu não vou tocar nessa porcaria. - revirei os olhos. Se ele me continuasse a meter presa, naquela casa, eu iria fugir, ou cometer uma loucura qualquer.

- Essa porcaria é algo que tu queres ter dentro de ti. - a minha mão passou pela sua fenda, os meus dedos penetraram a sua intimidade por instantes - gotas disto?

Fechei as pernas, de imediato e afastei os seus dedos. Ele sabia exactamente o quanto gostava daquilo, mas, tentei manter-me firme. - Se me fodes ou não, é-me igual. - revirei os olhos. - Só quero acabar rapidamente isto e sair daqui.

- às vezes devias ficar calada - reclamei, colocando a minha mão no seu pescoço, apertando.o até causar alguma dor desconfortável. Então baixei os boxers e entrei dentro dela com força. Pela primeira vez naquela sessão, não me importei com ela. Era só um corpo a ser usado.

Aquilo fora tudo tão rápido, que não tive tempo de reagir. As lágrimas vieram-me de imediato aos olhos. Era como se estivesse, novamente, a ser violada, usada. O que no fundo, sempre fora isso. Era horrível. - En.. n.. - tentei afastar-me. - Pá.. ra..