Quarto Negro

- implora e talvez pense no assunto - respondi em desprezo. A mim só a sua dor interessava, ela tinha que me convencer a dar-lhe prazer.

Semicerrei os olhos. Eu não ia implorar nada. Tinha feito tudo o que ele me tinha pedido, era o mínimo que podia fazer. - Podes esperar bem sentado. - empurrei-o, até o ver cair para trás, para fora da cama e sentei-me. - Idiota.

Voltei a vestir bem os boxers e saí da cama. Sentei-me no cadeirão e fiquei a fitá-la intensamente - tu é que sabes, daqui não vais sair - já para não falar que ela tinha as mãos atadas e estava à beira do orgasmo.

Lá com algumas dificuldades, consegui soltar-me daquelas amarras. Vesti as minhas cuecas e coloquei-me de baixo dos lençóis. - Quero lá saber. - Precisava mesmo de um alívio e ele nem se dava ao trabalho de mo dar.

Eu fiquei atenta ao lençol e aos movimentos. Não a ia deixar tocar-se a si própria e aliviar-se. Levantei-me e puxei as cobertas para trás, expando-a aos meus olhos.

Precisava de me tocar, precisava de ter o alívio que tanto esperava. - Deixa-me. - Gemi roucamente, de forma dolorosa. Voltei a puxar os lençóis para cima de mim.

A situação começava a ficar ridícula e fora das minhas rédeas. Não gostava. Coloquei-me em cima dela - tira-me os boxers - ordenei.

Olhei para os seus boxers e seguidamente, voltei a encará-lo. Naquele momento, no estado em que me encontrava, era impossível de negar-lhe aquilo. Acabei por tirá-los, tal como me pediu.

Os meus boxers acabaram no chão.  Fitei-a e cerrei os dentes. Agarrei no meu membro e conduzi-o à sua entrada. Mas só a penetrei-a com a cabeça do meu pénis. Aí parei e prendi novamente os seus pulsos, mas desta vez com as minhas mãos.

Flecti as minhas pernas, assim que senti a cabeça do seu membro dentro de mim. Dirigi um breve olhar aos meus pulsos. Ele iria-me torturar novamente? Se assim fosse, não sabia se desta vez ia mesmo aguentar.

- olha para mim - ordenei - quero que prestes atenção ao que estou prestes a fazer. vou foder-te e acabar com isto. sou eu quem controla esta merda, o teu prazer depende de mim .

Odiava aquele seu tom autoritário e estava à beira de um orgasmo.
Por isso, naquele momento, só queria que ele me satisfizesse. - Como queiras.

Enquanto ela não mostrasse respeito, não faria coisa nenhuma. Retirei um pouco do meu membro - dá-me uma boa resposta.

- Vai-te catar Enzo. - por uns momentos, engoli em seco. - Ou fazes, ou não fazes.. A escolha é tua. - e desejava tanto que ele fizesse aquilo.

Movimentei-me o suficiente para que a cabeça do meu membro fizesse pressão dentro da sua intimidade - deixa-te de tretas, basta pedires eu eu faço. pede-me - disse seriamente.

- Aqui quem está com tretas és tu. - Suspirei. Com alguma, bastante força, consegui rodar-nos na cama e ficar por cima dele. Olhei-o nos olhos. - Custa-te assim tanto foderes-me? - revirei os olhos. - Fá-lo logo, ou então.. deixa-me ir embora.

Não gostava minimamente da atitude dela. Mas isso mudaria, eu ia fazê-la mudar de ideias. Mas noutro dia. Agora só queria fodê-la. Com a minha força superior voltei a rodar-nos na cama e fiquei por cima. - hoje vou foder-te sob estas condições... para a próxima não vou ser tão gentil ou sequer incomodar-me - e dito isto penetrei-a completamente e com força.

Ele que falasse o que bem quisesse, que naquele momento, só queria que me fodesse. O meu corpo arqueou-se, quando finalmente o senti dentro de mim. Era um alívio. Gemi tal era a sua brutalidade.

O seu estado era tal que ia demorar pouco tempo a satisfazê-la por completo. Investi contra ela, sempre com força e até ao fundo. O seu corpo acolhia o meu pénis tão facilmente que nem tinha muito trabalho.

O meu corpo foi-se movendo ao ritmo do seu. E aos poucos e poucos, toda a minha ansiedade foi desaparecendo. Sentia-me nas nuvens. Às tantas, as minhas pernas entrelaçaram-se aos seus quadris. Aquilo facilitava em muito, em poder senti-lo.

Continuei a investir mas diminui a intensidade. Ela não precisava de tanto, especialmente depois de tudo o que lhe fizera naquela quarto.

Mesmo ele tendo diminuindo a intensidade, coisa que não foi bem, do meu agrado, continuei a movimentar-me ao seu ritmo. Não tardou muito a que chegasse ao orgasmo.

Mal ela atingiu o orgasmo, eu retirei-me o seu interior.
Levantei-me da cama e fitei-a.

Ainda fiquei uns minutos deitada na cama, a tentar recuperar o fôlego. Voltei a vestir as minhas cuecas. - Então.. Agora já me posso ir embora? - ergui o sobrolho.

Não acreditava que ela estivesse assim tão desesperada para sair do quarto. Podia ter-lhe custado um bocadinho mas ela saía dali satisfeita. Pûs-me à sua frente - Podes, mas fica sabendo que vais voltar.