California Hospital Medical Center

Voltei a abrir os olhos, grato por ela me ter despertado e acabei por suspirar.
-Fizeste bem - encolhi os ombros e levantei a cabeça com cuidado quando chegámos a minha casa, mandando-o enfiar o carro para as traseiras. - Assim eu posso vingar-me e fazer pior do que eles me fizeram - murmurei com um sorriso - ajudas-me a sair?

Soltei um leve suspiro quando eld começou a falar de vingança e apenas assenti. Não gostava do que lhe tinham feito, nem sabia qual a história, mas continuava a não ser adepta de todas estas coisas.
- Ajudo. - disse, saindo primeiro do que ele do carro e mandei Carl ir buscar a cadeira de rodas, agarrando no corpo de Tyler para o cobseguir tirar do carro.

Agarrei-me ao pescoço de Stella voltando a sentar-me na cadeira, sentindo de novo a dor voltar. Olhei em volta vendo que estava sem guarda-costas, provavelmente tinham-nos morto. Suspirei passando a mão pela testa.
-Leva-me ao quarto - pedi, gostava de saber como é que ela ia subir as escadas comigo, mas nem lhe falei nisso.

Passei uma mão pela testa já húmida e pousei as mãos nos guiadores da cadeira, entrando em casa com ele.
- Anda. - disse para Carl, caso precisássemos de ajuda. Assenti ao seu pedido, parando diante das escadas e prendi o meu lábio inferior nos meus dentes enquanto pensava numa forma de subi-las. Virei-me para Mar.- agarra desse lado[b] - disse-lhe.- [b] va,os pegar na cadeira.
- O quê? - ele resmungou.- sabes o quã pesado isso é? - ele resmungou, fazendo-me revirar os olhos.
- És assim tão incompetente que nem uma cadeira consegues pegar? - abanei a cabeça.- faz o que eu te mando e acabou-se a conversa, ele precisa de se deitar. - disse. Ali estava uma prova de como nem sempre eu era adorável.

encerrado.

Pensei em deixar Celine por conta da equipa médica mas acabei por seguir até ao hospital. Pedira aos médicos que apressassem o diagnóstico e o tratamento, nada que umas verdinhas não os fizessem fazer.

*Off

Alguns minutos se passaram. Celine aparentava estar fora de perigo. O mesmo não se podia dizer do bebé que carregara consigo. A loira acabara por sofrer um aborto. Depois de alguns exames, levaram-na para um quarto, já semiconsciente.

O médico aproximou.se de mim. Tinham sido rápidos e eficazes tal como o meu dinheiro assim exigira. O médico acabou por me contar que ela sofrera um aborto. Não fiquei surpreendido ao saber da noticia, ela já devia ter ido para a cama com outros. - eu digo-lhe, Dr. - entrei no quarto com um sorriso sarcástico na face.

Com tantos comprimidos que me tinham dado, estava-me a sentir como se estivesse completamente pedrada. Consegui sentar-me na maca, mesmo ainda tendo dores. Foi quando vi Enzo entrou no quarto.

- ora quem acabou de acordar - entrei no quarto e fechei a porta para que permanecêssemos a sós - andaste-te a divertir nos últimos tempos, Connor?

Acordar era favor, estava mais para lá, do que para cá. Foi então que o olhei confusa. - Ham? - Mas o que é que ele estava para ali a dizer. - Eu não ando na coca, nem bebo sequer. - sim, apesar de estar ligada a gangues, nunca me metera nisso.

- ora, isso também é uma diversão sem dúvida - soltei uma gargalhada - já te imaginava com um monte de tipos, de verdade. devias ter sido mais cuidadosa. 

Quanto mais ele falava, mais confusa eu ficava. Não estava a perceber nada. - O quê? O que é que estás para a dizer? - nunca me enrolara com mais nenhum homem. Eu é que tinha vindo parar ao hospital e ele é que não estava a bater bem, só podia.

- estou a dizer-te que sofreste um aborto, devias ter tido mais cuidado quando te ofereceste a outro - informei num tom sarcástico e ao mesmo tempo divertido - acho que isto invalida quaisquer acordo que pensasse ter contigo. 

Eu tinha sofrido o quê? Olhei para ele, incrédula, com aquela notícia. Então, todas aquelas dores e más disposições que fui tendo ao longo do tempo.. eu estivera grávida? Dele? - Tu só podes estar a gozar comigo! - não podia ser.. - Eu não me enrolei com mais ninguém! E pelo que sei, tu és impotente!

Ela não podia estar a falar a sério, eu não podia ter sido o único homem com quem ela estivera! As hipóteses de a engravidar eram mínimas! - ou tu estás a mentir ou então a verdade é que tiveste o grande azar de logo em ti o meu esperma se revelar útil de alguma forma. 

- E que razões teria para mentir? Não é como se quisesse ter um filho, ainda por cima teu! - seria algo.. difícil de se pensar. Revirei os olhos. - Útil? Pois sim, claro. - sorri cinicamente. Aquilo fora mais do que azar.

Ainda estava surpreendido por a ter engravidado. Claro, tinha havido oportunidades mas as hipóteses de engravidar alguém eram apenas de 5% e não estava mesmo nada à espera que aquilo acontecesse. - pois bem, qualquer bebé que existisse já passou à história, não precisas de te preocupar. 

- Claro. - Mesmo que tivesse continuado grávida, optaria pelo aborto, sem pensar duas vezes. Filhos só atrapalhavam e por agora, não queria nenhum. - Uuuh.. afinal não és tão impotente como julgavas ser. Imaginemos muitos mini-Enzos a andarem por aí, pelo mundo e a tentar cortarem-te a cabeça, para ficar com o teu lugar. - gozei. Era giro de se imaginar.

Obviamente, ela não sabia nada sobre o valor da família para os italianos. Se alguma vez viesse a ter filhos (e teria, um dia, desse por onde desse), não aconteceria nada assim. - Os Crips não são os MS-13. Não confundas. 

Comecei-me a rir, cagando-me inteiramente se aquilo me provocava alguma dor. - Pois não, são muito piores. - olhei-o. - Tu és chunga, mataste o teu próprio tio, só para subires no poder. Chunga, atitude de chunga. - sim, eu andava bem informada.

Esbocei um sorriso malévolo - Querida, são coisas completamente diferentes. Aquele homem era um canalha, ainda mais do que eu. Não merecia o lugar que roubara ao meu pai. Isto é lealdade entre pai e filho, algo que claro nunca conheceste.

Semicerrei os olhos. Eu nunca tivera um pai, era verdade. Tom, fizera o papel de tal, mas só o via como um irmão mais velho, alguém que cuidara de mim. - Lealdade para com os crips, é algo que nunca saberei mesmo e nunca na minha vida, o irei querer. - sorri cinicamente. Mesmo tendo passado tanto tempo, ainda me lembrava, perfeitamente, no dia em que tinham trazido a notícia, de terem encontrado o corpo do.. violador da minha mãe. Era quase irónico, ter tido um destino semelhante ao dela.

- Nem a mim me ocorreria tal coisa - respondi friamente, revirando os olhos. Aquela rapariga já não me servia para nada, era tempo de ir embora - A tua conta médica já te paga. Vê lá se o teu irmãozinho não fica muito chateado quando souber que voltaste a enrolar-te comigo e deu nisto. Adeus - com um sorriso malicioso, sai do quarto.

Eu odiava quando me pagavam coisas, ainda para mais, sendo ele. Ignorei o resto da sua frase e puxei uma revista para o pé de mim. Com aquilo tudo, era da maneira, que servia para Enzo esquecer da minha existência.
Não passei ali muito tempo. Uns dois, três dias. O meu irmão, felizmente, estava fora e não sabia de nada. Nem ele, nem ninguém. Assim que recebi alta, apanhei um táxi e saí dali.

encerrado.

Eu não queria nada ir para o hospital, era menos seguro. mas Celine guiou para ali e eu estava a perder os sentidos. Antes que me levassem para longe dela, disse - estás bem? se sentires algo de errado vai ter com um médico. um primo meu vem a caminho, nele podes confiar - ela precisava de seguranças.