Quarto da Celine

Dois fez-me lembrar os gémeos. Eram a principal ligação que tinha com ela.
- já pensei no nome que vou dar ao rapaz - confessei baixinho, acariciando a zona onde tinha a mão.

- Ai sim? - eu não tivera muito tempo de pensar naquilo e depois, tinham-se passado tantas coisas. - Hum.. então conta, estou curiosa.. - sorri.

Fui passando as pontas dos meus dedos pela sua pele, esboçando circulos imaginários.
- Vincenzo... tem um pouco de mim e um pouco da minha família. É o nome mais indicado.

Vincenzo.. sem dúvida que aquele nome tinha um pouco dele e do seu lado italiano. Beijei a sua face e voltei a pousar a minha cabeça no seu peito. - Eu gosto..

- ainda bem... - não sabia porquê gostava da sua aprovação.
A minha outra mão pousou na barriga dela. - o nome da bebé é que não faço a menor ideia.

Pousei uma mão em cima da sua e acabei por entrelaçar os nossos dedos.
Fiz um ar pensativo. Queria arranjar um nome para a bebé.
- Hum.. Sienna?

- Sienna - repeti num múrmurio, pensando para mim mesmo como soava. Era uma nome italiano, um dos mais bonitos. Acariciei a barriga dela - Sienna... é perfeito.

- Claro que é perfeito, fui eu que o escolhi. - ri-me. A verdade é que fora dos primeiros nomes que apareceram à cabeça. E gostava. - Só nomes italianos. - fiz uma careta.

Sorri e rocei os meus lábios nos seus. Agora que os meus filhos tinham nome, sentia tudo ainda mais real.
- Vincenzo e Sienna são bons nomes italianos.

- Pois são.. - eram sem dúvida dois nomes bons e muito bonitos.
Os nossos lábios voltaram-se a roçar e acabei por o beijar.

Correspondi àquele beijo com desejo, prolongando-o.
Abracei o seu corpo contra o meu.

Mesmo com aquela enorme barriga, consegui mexer-me o suficiente para intensificar o beijo.
As minhas mãos percorreram o seu peito, mal me abraçou e rocei o meu nariz no seu.

Eu nunca partilhava aquele intimidade com outras mulheres. E contudo Celine era diferente. Beijei-a com carinho algo que nunca fizera a alguém.

Uma das minhas mãos juntou-se ao seu rosto e acariciei-o. Gostava de momentos como aqueles, quando não discutíamos, nem havia problema entre nós. Era tudo tão calmo e automático. Afastei os nossos rostos.

Eu só devia estar a fazer estas coisas devido aos conturbados últimos dias.
O beijo cessou por parte dela. Olhei-a no escuro.

A minha respiração estava ligeiramente acelerada. As minhas mãos juntaram-se na sua cara e fui tacteando-a calmamente. Não havia ódio, nojo, repugnância, o que quer que fosse que no passado pudesse ter havido.

Eu estava a ser terno e cuidadoso, completamente diferente o que alguma vez fora.
Deixei-a tocar-me. Depois fui que toquei nela.

Um pequeno e tímido sorriso brilhou-se-me nos lábios. Estava extremamente arrepiada com o seu toque, mas ao mesmo tempo, estava calma. As minhas mãos entrelaçaram-se no seu pescoço e os nossos lábios voltaram-se a roçar.

Não me contentei com aquele roçar de lábios. Tornei-o num beijo que ao longo dos segundos fui aprofundando. Abracei o seu corpo.

Mordisquei os seus lábios e puxei-o contra o meu corpo. Não iríamos passar dali, eu sabia-o. Até porque eu estava grávida, haviam cuidados e era no mínimo estranho. E estava-me a sentir tão bem nos seus braços.

Fazia muito tempo - desde os meus tempos de puto - em que não ia mais longe do que meros beijos.
Afastei os meus lábios dos dela - hum - aproximei-me ainda mais dela.

- hum.. - murmurei contra os seus lábios. Acabei por rolar para cima do seu colo.
Sim, agora estava mais pesada e esperava que isso não fosse um problema.

Contive soltar um gemido pela surpresa. Era diferente tê-la no meu colo agora mas o efeito foi o mesmo. O meu membro começou a crescer.

Foi pouco difícil não perceber o seu membro. Ele estava bem saliente.
O meu estado atrapalhado fez-se notar. - Err.. queres.. queres que saia?

- Não, eu aguento-me - Ia ser difícil mas ia aguentar porque estava fora de questão envolver-me com ela.
Acariciei a sua face.