Quarto do Enzo

Agarrei o seu corpo, puxando.o contra o meu. Ia tê-la nos meus braços, fazê-la esquecer-se de tudo e reconsiderar a minha oferta. Para além disso tinha tomado os comprimidos. Quem sabe não era desta que a engravidava.

Arrastei as minhas mãos pelo seu corpo, enquanto me movimentava contra si. Os meus lábios marcaram o seu pescoço e desceram até ao seu ombro, marcando-o também. - Enzo.. - abafei um gemido contra a sua pele.

Eu estava a investir com força e velocidade, mais ainda longe do máximo que podia atingir. Segurei-a nos meus braços, movendo.me contra o seu corpo.

Rodeei o seu pescoço com os meus braços e puxei-o contra mim. O meu corpo fervilhava por dentro. Estava próxima de chegar ao orgasmo.

Aumentei a velocidade das investidas quando percebi que ela estava à beira de se vir novamente. Eu também estava próximo do orgasmo.

Merda, estava tão perto, mas tão, tão perto.. - Enzo.. - gemi. - aah.. - vi-me naquele mesmo minuto. Descaí contra o seu peito. - Isto não muda nada.

Eu vim-me ao mesmo tempo que ela, explodindo dentro dela.
- hum... não muda ao facto de me quereres para isto.

Acabei por me deitar na cama e olhei para ele. - Eu não te quero para nada.. - revirei os olhos. Não precisava de sexo, muito menos, de sexo com ele.

- O teu corpo contradiz-te - e para o provar remexi-me no seu interior, fazendo.a reagir à minha presença - vês? queres disto, gostas disto.

- Pára quieto. - Empurrei-o com o meu pé e fechei as minhas pernas. - Eu não quero nada. - revirei os olhos. Os meus braços cruzaram-se.

Fiquei a olhá-la, nada convencido com o que ela dizia.
- Pois bem, mas nunca vais recusar isto.

Semicerrei os olhos. Odiava aquele tom de certeza, com que ele falava. Simplesmente irritava-me. - Pois, claro.. deve ser mesmo isso. - revirei os olhos.

Limitei-me a sorrir maliciosamente.
- Ora, Connor, cais sempre no mesmo. Não resistes àquilo que te posso dar.

Peguei numa das almofadas e atirei-lho contra a cara. Apesar de tudo, não deixava de ser verdade. - Eu não quero saber do que me podes dar. - suspirei.

Comecei-me a rir. - Ai não? - levantei-me e olhei para ela - Eu acho que queres. E se te disser que repensei naquilo que me pediste?

Ergui o sobrolho, assim que ele tocou naquele assunto. Era algo a repensar, mas.. - Explica lá melhor isso. - sentei-me na cama. Com aquilo, não queria dizer que aceitasse. Já que eu tinha dado a minha palavra que não voltaria atrás.

- ora, ficas com metade da minha fortuna. - obviamente não seria assim, mas só precisava que ela acreditasse nisso.

Por mais aliciante que aquilo fosse, não sabia se devia aceitar. - Eu.. eu já te disse que não vou voltar atrás, com a minha palavra. Não vou dar-te um filho.

- então porquê que o aceitaste de inicio? - perguntei, observando a sua expressão. Ela queria algo.

- Não sei. - não me achava sincera com aquelas palavras. Sentia no meu âmago, algo semelhante a pena e talvez.. hum.. curiosidade quanto à sua pessoa. Encolhi os ombros.

- Essa resposta não é nada. Simplesmente achaste que podias brincar comigo, era? - perguntei, nada divertido - Para mim este é um assunto muito sério, Connor. Não vou admitir brincadeiras.

- Não foi nada disso. - suspirei. Eu nunca brincaria com uma coisa tão sérias daquelas. Apesar de ele não merecer, eu respeitava aquele seu desejo de ser pai. - Aceitei porque.. hum.. não sei.. talvez até quisesse ganhar algo com isto. Ou talvez por pena..

- Bom, gostava de saber o que é que tens a ganhar com isto. Milhões de euros? É isso que queres? - perguntei, ficando cada vez mais próximo dela.

- Já te disse, quero metade do que tu tens. - afastei-me dele e fui para o outro lado da cama. - E também quero.. hum.. o coiso. - encolhi os ombros. - Aquele vídeo. Todas as cópias que tiveres.. hum.. destruídas. - não se ficava simplesmente por aí, mas isso, já não era da sua conta.

Ela certamente devia pensar que era a única mulher no mundo a fazer este trabalho para mim. Podia arranjar tantas outras mulheres, quase a custo de nada e sem muitos problemas. Mas era divertido fazê-la pensar desta maneira - podemos chegar a um acordo... - eu eu não tencionava cumprir.