Quarto do Enzo

Peguei no telemovel e atendi. Saí para a varanda.

Olhei para as horas. Ainda era cedo, mas os gémeos logo, logo, estariam acordados. Enrolei um lençol ao meu corpo e fui tomar banho. Quando voltei da casa de banho, Enzo ainda estava ao telefone. Entrelacei os meus braços à sua cintura e beijei as suas costas.

Os meus negócios iam bem, apesar do golpe que Celine me provocara. Nesta manhã só recebia más noticias, precisava de agir e sair de casa. Por outro lado não queria deixas Celine sozinha com os gémeos. Desliguei a chamada e voltei para o quarto.

Fiz um sorriso torto. Ele ignorara-me por completo. Segui atrás dele e sentei-me na cama. - Bom dia para ti também. - fiz uma careta.

- desculpa - suspirei. Massagei um pouco as têmporas - bom dia, dormiste bem?

Spoiler:

- Hum.. rum.. - o acordar é que não fora o melhor de todos. Mas já estava melhor. - E tu? Estás com uma cara estranha. Passa-se algo?

i know..

Percebia-se assim tanto?
- Tenho de sair. Ficas a cuidar dos gémeos? Não demoro mais do que duas horas.

Eu ficara intrigada com aquela sua necessidade de sair, mas não me ia intrometer.
- Sim, claro. Não te preocupes. - sorri. Ele podia confiar em mim.

Fui vestir-me rapidamente.
- A casa está bem protegida com o arsenal de seguranças. Estou a confiar em ti, Celine. Não me deixes mal - Aproximei-me dela e beijei-a. Depois fui-me embora.

Eu não o ia deixar mal. Ia-lhe mostrar que valia a pena confiar em mim. Assim que Enzo se foi embora, fui cuidar dos gémeos. Entretanto, segui para o jardim com os pequenos, para um sítio bem protegido.

Eu já estava só de calças. Queria mesmo um copo de whisky mas contive-me. Ouvi Celine chamar-me mas continuei no quarto.

Entrei rapidamente no quarto e aproximei-me dele.
- Enzo, por favor, não fiques chateado.

- Demasiado tarde.
Continuei a tirar a roupa até ficar nu. Abri os lençóis da cama.

Bolas, ele tinha mesmo ficado chateado. Também tirei a minha roupa, mas ao contrário dele, fiquei apenas de cuecas e pus-me de baixo dos seus lençóis. - Vá lá! Enzo, por favor..

- Por favor o quê?
Impacientemente, deitei-me na cama. Com ela ali, sentia o meu mau humor aliviar-se.

- Por favor, não fiques chateado comigo! - suspirei. Não lhe toquei, apesar de estar perto dele. Mas vontade não faltava.

Virei-me e fiquei mais próximo dela.
- Este assunto deixa-me assim e odeio os teus ultimatos.

Gatinhei para mais perto e abracei-me a ele. - Desculpa.. - a verdade é que raramente lhe tinha feito um ultimato. E agora sabia que não reagira nada bem a tal. Mas também, que podia esperar eu? Um largo sorriso? Não.

Não disse nada. Continuava irritado mas agora queria esquecer isso. Procurei os seus lábios e mordisquei-os. Depois envolvi-a num beijo de tirar o fôlego.

Sorri contra os seus lábios e acariciei a sua face. - Desculpa-me. - murmurei. A minha boca desceu pelo seu pescoço. - Mas fica a saber, que ainda não desisti. - e beijei-o.

Nem lhe respondi porque não queria prolongar mais aquele assunto. As minhas mãos foram parar ao seu corpo.

As suas mãos estavam ligeiramente frias e isso provocou-me cócegas. Acabei por me rir. - Então.. Queres-me mesmo abraçar, beijar e que durma aqui contigo?

Abracei-a. Beijei-a. Depois aninhei-a contra o meu corpo, envolvida pelos meus braços.
- Sim - murmurei ao seu ouvido.

- Hum.. - abracei-o com mais força. As minhas mãos deslizaram pelo seu peito. Uma delas acabou por pousar bem em cima do sítio do seu coração. Sorri. - Eu amo-te. - olhei-o.

Ouvi-la dizê-lo, assim diretamente e a olhar para mim, fez o meu coração bater mais rápido. Mas nunca resultaríamos, pois não? Não disse nada e beijei-a.