Quarto Negro

- Sim, sim, está bem. Abre lá a porta. - Levantei-me da cama e vesti o resto da minha roupa. Olhei para o meu sotien e para a minha camisola rasgadas. - Começo a pensar se não terás algum fetiche por me veres com as tuas roupas. - gozei.

- como podes ver, tenho muitos fetiches - mas não tinha prazer nenhum em vê-la com as minhas roupas - próxima sexta-feira, à mesma hora... vais voltar a estar aqui. - eu eu falava de um modo convicto.

Revirei os olhos. Assim que ele abriu a porta, dirigi-me até ao seu quarto. Apanhei a primeira camisola que encontrei e vesti-a. - Ham.. ram.. claro que sim. - disse aquilo com o maior desdém. Na realidade, acho que até não me importava em voltar.

encerrado.
podes responder no outro quarto.

Levei-a diretamente para o quarto. Não era preciso fazer cerimónias, ela já fazia idéia para onde ia, só que eu tinha certas coisas reservadas para ela... - Entra e senta-te na cama.

Não podia mentir e dizer que não estava curiosa com o que ele me iria fazer. A verdade é que estava e muito. Fiz o que ele pediu e sentei-me na cama.

Olhei para ela. O meu semblante estava mais frio e sério desde que entrara naquele quarto. - para que fique esclarecido, tenho regras dentro deste quarto. E sempre que as quebrares, haverá consequências.

Cruzei os braços ao peito, enquanto escutava atentamente a tudo o que ele dizia. Naquele dia, eu percebera aquilo. - Está bem. - encolhi os ombros. Que poderia mais dizer? Sabia que mesmo que não fosse de propósito, iria acabar por alguma vez, quebrar uma regra sua.

Cheguei-me perto dela e coloquei a minha mão na sua cara - Só tenho uma regra : obedecer sempre - disse-, olhando para ela.

Olhei-o nos olhos e retirei a sua mão da minha cara. - Que regra de xaxa.. - revirei os olhos. Sem dúvida que sim, aquela regra seria algo que eu iria quebrar centenas de vezes.

Apertei um pouco a minha mão que prendi os seus maxilares - Nada de revirar os olhos. Nada de questionar as minhas regras .

Fechei ligeiramente os olhos, quando me apertou o maxilar. Ele sabia usar a força quando queria. - Vai-te catar Enzo. - afastei a minha cara da sua mão. - Eu reviro os olhos e sim, as tuas regras são mesmo uma xaxa.

Esbocei um sorriso nada divertido - não queres as minhas regras, vai-te embora - afastei-me dela - posso ter quem quiser nesta cama, não estou aqui para te fazer o favor. - ela escolhia se queria ter prazer ou não.

Não gostava de ultimatos e por norma, não sabia reagir muito bem a eles.
- Como queiras. - voltei a revirar os olhos e fui-me embora daquele quarto.

Ela apenas fizera a sua escolha. Obviamente, não a ia deixar ir tão facilmente. Se ela não acatava as regras a bem, seria a mal pois eu não a deixaria ir sem me regojizar. Segui atrás dela e apanhei-a por trás - já estava à espera que fizesses isto - peguei nela ao colo e levei-a de volta para a cama.

- Eu sei.. - E de certa maneira, eu já estava à espera que ele fizesse aquilo. Escondi um pequeno sorriso, quando me apanhou e me pegou ao colo. Assim que fui pousada na cama, sentei-me.

Eu estava quase zangado. Ia controlar-me mas não sabia por quanto tempo. Fui buscar umas algemas - estenda as tuas mãos - das algemas ela já não se conseguiria soltar.

Olhei para as algemas, de olhos bem arregalados. Não gostava de estar presa, ainda para mais, com aquilo. - Não.. isso não, Enzo.. - recuei na cama e afastei-me dele.

Ela não percebera que eu não estava a pedir. Acerquei-me dela rapidamente e prendi-lhe os pulsos, colocando as algemas. Estas não seriam fáceis de tirar - era uma ordem, querida.

Não queria estar presa, não queria. Ainda me debati durante uns bons minutos a tentar aquela porcaria. Merda, merda, merda.. - Mete as tuas ordens no teu cu! - revirei os olhos.

- atenta à língua, miúda - censurei - estás a falar demasiado para o meu gosto - fui buscar uma mordaça. Senti uma imensa satisfação em pô-la nela.

Ainda tentei cuspir aquela porcaria, arrancá-la com as minhas mãos, mas com os pulsos presos era tão difícil. Olhei-o nada contente. Ele era um idiota, um grande cabrão..

Agora sim, sorri maliciosamente. O jogo ia começar. - tu pediste, querida. eu avisei que haveria consequências - Dei uma vista de olhos na minha coleção de brinquedos. Por onde começar?

Revirei os olhos e mostrei-lhe o dedo do meio. Acabei por deixar-me cair para trás e deitar-me na cama. Não gostava de estar numa situação daquelas, da maneira como estava. Tinha que tentar ao menos, tirar aquela porcaria da boca.

- se te portares bem, tiro-te isso da boca - mas eu duvidava que ela fizesse as coisas bem. Baixei a intensidade da luz e peguei num frasco de óleo afrodisíaco. Este estava quente. Coloquei-o nas minhas mãos. Deslizei as minhas mãos pelo sue ventre acima, até segurar as suas mamas e apertá-las com força.

Apesar de ter aquela porcaria na boca e não se perceber nada do que dizia, não me calei. Pelo menos, até sentir as suas mãos pelo meu corpo. Aí não consegui evitar um gemido e semicerrei os olhos, mal me apertou os seios.