Quarto

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Segui atrás dela para o quarto - nem penses, onde eles dormem, eu durmo - a meu ver ela tinha duas opções, ou ficava e dormia ali com os três, ou bazava.

Pousei com cuidado os gémeos na cama e depois virei-me para Enzo. Naquele assunto não havia negociação. - Vai-te lixar, okay? Não vou partilhar a cama contigo. Dorme no chão.

- Não estás no lugar de mandar nada. Se quiseres dormes tu no chão mas eu vou dormir com os meus filhos nesta cama - olhei-a convicto.

Fechei os olhos com força e só depois o voltei a encarar. Acabei por lhe dar uma joelhada nas suas partes.. - Como queiras. - revirei os olhos. Eu apenas aceitava porque o queria calado. A sua voz começava a irritar-me.

Caraças... O que que é de errado se passava com ela? Já era a segunda vez que me atingia ali - É melhor que pares de brincar - Avisei.

Não gostava do seu tom de aviso.- Ai sim? E então porquê? Vais-me bater? Não, melhor, vais-me violar? Lamento, mas acho que já posso aguentar isso tudo. - revirei os olhos. Por mim ele poderia ir-se encher de moscas.

Eu merecia aquelas palavras e, apesar de ter permanecido com um ar distante, sentia-as bem fundo. Eu tinha sido um monstro para ela - Não te vou bater, não te vou violar, mas calo-te - Era um aviso a sério.

Semicerrei os olhos. Aqueles seus avisos estavam-me a deixar cada vez mais irritada. Tinha vontade de gritar com ele, mas não subiria o meu tom de voz, pelos gémeos, que ali estavam. - Ah-ah-ah.. e como, ham? - cruzei os braços ao peito.

Olhei-a meio malicioso, meio perigoso - tenho muitas maneiras - e não estava nem aí virado para falar disso.

O meu corpo tremeu por momentos. Tive que dar um passo atrás, para o poder encarar melhor. - Pois que seja, não estou interessada sequer em saber sobre isso. - fiz uma careta.

Nem eu estava interessado em explicar-lhe, pensei secamente. Deixei de a fitar.

Virei costas e ignorei-o. Tirei os meus saltos, que já me faziam doer os pés e dei atenção aos gémeos. Eu estava cansada, dorida e talvez dali a poucos minutos, quando os bebés voltassem a adormecer, fosse dormir.

Ainda era cedo, pelo menos para mim e, embora quisesse falar com ela, este não era o momento certo. Decidi sair do quarto por uns minutos.

Acabei por receber uma chamada do meu pai. Ele estava tão irritado. Queria-me fora dali, com ou sem os gémeos. Eu ia tratar daquilo rapidamente.
Aproveitei que Enzo não estava no quarto, para tirar a minha roupa e meter-me de baixo dos lençóis. Puxei os gémeos para mim e fechei os olhos.

Quando voltei para o quarto vi que estavam os três a dormir. Juntei-me. Fiquei do outro lado da cama e pouco tempo depois adormeci.

Quando acordei já era de manhã. Eu não tinha outra roupa, se não aquela que tinha no corpo, por isso, tive que pedir a uma das empregadas, que me fosse comprar algumas coisas para vestir. Enquanto isso, peguei em algumas toalhas e fui tomar banho.

Acordei e sorri logo quando vi os gémeos, serenos e ainda a dormir, ao meu lado. Beijei cada um no topo da cabeça e depois levantei-me.

Vesti-me rapidamente e fui secar o cabelo. Ainda tinha que pensar numa maneira de sair dali com os meus filhos e sem que Enzo viesse atrás.

Ouvi-a na casa de banho. Vesti-me antes que ela voltasse para o quarto. entretanto os gémeos acordaram.

Quando fiquei pronta, voltei para o quarto. Tentei não revirar os olhos quando vi Enzo já acordado. Estava um belo dia, cheio de sol e sem nuvens. Aproximei-me dos gémeos. Estavam cheios de fome.

Apesar de não nos aturarmos bem, estávamos em sincronia no que dizia respeito ao gémeos. Eles tinham de comer e já não viviam à base de leite materno por isso tivemos que ir para a cozinha.

Depois de algum tempo voltamos para casa. Os gemeos estavam cansados. Depois do banho adormeceram logo. Depois de os deitar , fui trocar de roupa.

Fui trocar de roupa a outra casa de banho. Vesti uma t-shirt e uns calções de pijama e enrolei o cabelo num simples rabo de cavalo. Fui comer qualquer coisa, estava esfomeada.

Não podia continuar muito mais tempo em Florença. No entanto, precisava de pensar em alguma forma de me tirar do meio daquela guerra. Não queria sair prejudicada e consequentemente, os filhos também. Descalcei os chinelos e deitei-me.