Quarto do Enzo

- Está bem Ricci.. prometo que vou tentar não saltar refeições. - sorri. E com aquilo tudo, o cansaço parecia ter desaparecido por uns momentos. Mesmo assim, o efeito do álcool continuava igual.

- Assim está melhor - Era estranho quando ela me tratava por Ricci mas não me importava.
Olhei para ela, que continuava em cima de mim.

Acabei por me rir e dei-lhe uma pequena chapada no peito. Abracei-me a ele e rocei os meus lábios ao lóbulo da sua orelha. - Queres-te satisfazer? - murmurei.

Ia responder diretamente a essa pergunta - Sim.

Não me surpreendia com a sua resposta. E já que ele me tinha dado um orgasmo, era o mínimo.- Está bem. - Beijei a sua face e desci até ao seu pescoço.

Era bom ela ter iniciativa. Era bom sinal.
Remexi-me ligeiramente, estava algo impaciente.

Sorri divertida. Eu deveria tê-lo torturado ou deixá-lo daquela maneira. Mas não.. Ajeitei-me no seu colo e deixei-o penetrar-me. Como estava por cima dele, aproveitei para comandar as coisas.

Aquilo estava a ser simples de mais mas não me importei, só me queria satisfazer.
Mesmo estando por baixo, ajudei-a a ganhar mais ritmo.

Esperava que depois daquilo pudesse finalmente dormir. Com a sua ajuda fui-me movimentando cada vez mais rápido. O meu corpo embatia no seu numa forma intensa.

Não era a melhor foda de sempre mas teria de servir. Num movimento rápido fiz-nos trocar de posições, eu por cima, ela por baixo, porque estava quase a vir-me e queria estar mais perto dela. Beijei-a.

A minha mente estava distante de tudo aquilo. Pelo menos, até ao momento em que me beijara. A minha atenção centrou-se nele, na sua boca, no que estávamos a fazer. Arrastei os meus dentes pelo seu lábio e puxei-o com força.

O beijo serviu para melhorar as coisas. Agora investia com mais afinco, com mais força. Estava mais excitado e em pouco tempo estaria á beira de um orgasmo.

As minhas mãos pousaram firmemente em si. Uma certa excitação foi crescendo dentro de mim e em pouco tempo explodi contra o seu corpo.

O meu orgasmo veio logo depois do seu. Finalmente, libertação.
Descaí para cima do seu corpo. Procurei os seus lábios.

Os meus braços envolveram o seu pescoço. Assim que afastei os nossos lábios rocei o meu nariz à sua bochecha. - Sabes que não és leve.. - ri-me.

- estás incomodada? - perguntei a rir.
Saí de dentro ela e deitei-me a seu lado.

- Well, tendo em conta que eu sou magra e tu és mais pesado que eu, sim.. - fiz uma careta. Puxei um lençol para cima de mim e olhei para o relógio. Eram quase duas da manhã. Depois olhei para Enzo.

- acostumas-te.
Virei-me de lado, de modo ainda a olhar.
- tens sono?

É, talvez ele tivesse razão. Talvez eu me acostumasse. - Estou apenas cansada. - encolhi os ombros. - O vinho deixou-me mole.

- Então dorme - beijei-a no topo da cabeça.
Afastei-me e acomodei-me na cama.

Sorri totalmente enfeitiçada por ele. Beijei a sua face, depois afastei-me.
Mal fechei os olhos, adormeci.

Logo depois de ela adormecer, o intercomunicador do quarto dos gémeos deu sinal. Desliguei-o e fui eu lá ver o que era. Vincenzo chorava mas não era nada mais senão uma fralda para mudar. Fiquei ali algum tempo a adormecê-lo de novo e voltei para o quarto.

Passei a noite toda relaxada e sem nenhuma intromissão no meu sono. Quando acordei Enzo estava ao meu lado. O meu corpo estava ligeiramente dorido e a minha cabeça latejava. Pressionei a minha cabeça contra a almofada.

Eu tinha dormido bem, incrivelmente. Os gémeos não tinham acordado mais pela noite.
De manhã acordei apenas porque o meu telemovel tocava.

- Aaahh.. ai que horror.. - o som do seu telemóvel fazia a minha cabeça tremer.
Abri e fechei os olhos repetidamente.