Quarto de Hóspedes

- Podes esquecer isso. - revirei os olhos. Agora já me sentia bem, já estava mais viva e nem por sombras, eu iria fazer aquilo. Não ia colaborar. Queria que ele e o seu gangue de merda se fossem foder.

- Ai não? Então preferes a imagem que envie tenho de ti nua? Tens razão, ele vai adorar - Disse com um sorriso malicioso na cara. Tirei o telemovel para ver melhor a foto.

Revirei os olhos. Estava a começar a ficar farta disto tudo. Porque é que eu tinha que passar sempre pelas ruas mais perigosas da cidade e ainda para mais, sem qualquer tipo de proteção, porquê? Se calhar, a esta hora, nem estava aqui. - Quero lá saber..

- Ai sim? - as minhas mãos voltaram às suas cuecas recentemente subidas. Fitei-a com um ar malicioso. Eu começava a excitar-me com isto tudo... - Que tal tirarmos umas melhorzinhas então? Seta vez sem soutien nem nada.

Afastei-me dele, até as correntes dos meus pés alcançarem o seu limite. - Não.. - Coloquei as minhas mãos sobre o meu peito e tudo o resto e olhei-o. Ele era louco, só podia! Mais valia matar-me.

- Então ou gravas um video decente ou vamos fazer uma sessão de fotos para a Playboy - avisei nada divertido. Queria despachar aquilo.

- Eu já tenho fotos para a playboy. - murmurei e revirei os meus olhos. Mas aquilo não vinha ao caso. - Que tal eu não fazer nem uma coisa, nem outra e deixares-me ir embora?

- Ai sim? Só as pêgas vão parar à Playboy - trocei e observei-a. Ela só estava de lingerie. Era tão magra. - A vida não é assim tão fácil, miúda. 

- Quando se é irmã, do líder dos MS-13, tudo vai parar à playboy. - ri-me. E na altura em que pousara para a playboy, ainda era uma miúda. Encolhi-me um pouco. Não gostava quando ele me observava. Ficava sempre com imenso medo.

- Claro que sim, por serem todos uns reles  criminosos - não encarava os MS-13 como uma grande ameaça. O gangue que eu mais odiava eram os Bloods e esse ódio sobrepunha-se a tudo.

- Oh claro, como se vocês também não o fossem. - teria imensa piada, se ele negasse. - Mas a diferença, é que vocês são pura bosta. Precisam de usar golpes sujos e baixos, para terem aquilo que querem. - bom, mas isso era em quase todos os gangues. Mas no que tocava aos MS-13, sabia que o meu irmão não usava muitas vezes esses troques. Ele era poderoso, não precisava de coisas dessas.

- Os Crips têm classe. Coisa que vocês nem sabem o que é - Éramos criminosos de topo. - Ah, e vocês não? Golpes baixos é a forma de evoluir neste mundo. Nisso todos os gangues são iguais. - Era principalmente a herança da máfia italiana.

- Nós nunca tentámos violar ninguém, sabes.. - revirei os olhos. Já ele.. E duvidava muito que ele tivesse tirado aquela ideia da violação da cabeça. Eu pelo menos, não tinha tirado. - Tu não prestas. Aliás, ninguém daqui presta. - cuspi-lhe as palavras. - Dizeres que vocês têm classe é a melhor piada que eu já ouvi!

- És mesmo ingénua. Achas que os MS-13 nunca violaram ninguém? Conheces mal o teu gangue - Revirei os olhos apesar de estar divertido com ela. O simples facto de ela saber que podia dominá-la a qualquer momento, excitava-me. - Os italianos têm classe, Connor. Somos os melhores assassinos que há - murmurei, com a ameaça lá direta. Eu podia matá-la, se quisesse.

- O meu irmão nunca violou ninguém meu caro. Aliás, ele ao contrário de ti, não precisa de ser tão porco para ter sexo. - estalei a minha língua. No que tocava ao meu irmão, eu conhecia-o bem. Podia por vezes, ferver em pouca água, mas no fundo até era boa pessoa. Mas, sabia, que antes dele, alguns líderes, tinham feito coisas mesmo sujas. - Os italianos têm é burrice, no cérebro. - ele achava mesmo que ameaçar matar-me assustava? Pois sim, que sonhasse.

- Se achas que o teu irmão é um santo, estás enganada - todos os lideres jogavam sujo. Soltei uma gargalhada seca - Só sou porco com as pêgas que o merecem. Gajas como tu com pouca utilidade, percebes? - atirei. 
Burrice? Nah... Ela ia comprovar isso mesmo.

Revirei os olhos. Ele era mesmo burro, por não compreender o que eu dizia. Nunca disse que o meu irmão era um santo. Mas, era boa pessoa.. tinha dias que era.. - Conclusão: além de seres um emprestável como líder, teres capangas que são mais burros que uma loira, que morrem num abrir e fechar de olhos, ainda te armas em chico esperto.

Ela começava a tirar-me do sério. E isso não lhe convinha pois se eu perdesse  cabeça, ela ia lixar-se. A minha mão rodeou o seu maxilar e apertei-o, forçando-a a olhar para mim - tem cuidadinho com as palavras, cadela. - Ela vira a amostra mais fraca dos Crips, por má coincidência. Mas eu estava inclinado a fazê-la ver a pior faceta dos Crips.

Sorri abertamente, ou pelo menos tentei, depois de ele me ter pegado no maxilar e apertá-lo com força. Ouvi-o atentamente. - Oh, afetas-te assim tanto com palavras? - ri-me. - És mais fraco do que eu pensava. - pois no que tocava a palavras, eu não me deixava por ficar.

Prefiro o silêncio a idiotices - As tuas palavras não me afetam minimamente. Apenas estou farto de te ouvir falar - Voltei a pegar na minha câmara e coloquei-a num tripé na lateral da câmara. Tinha uma posição perfeita para gravar o corpo dela. - Já que não queres gravar uma mensagem para o irmãozinho, vamos entretê-lo com outro tipo de material. - disse friamente, olhando-a.

- Tens bom remédio, tapas os ouvidos. - olhei para todos os seus movimentos e consequentemente para a câmera e para tudo o que havia no quarto. - E tu ainda te achas inteligente. Ainda não percebeste, que quanto mais merdas me fizeres, menos vontade ele terá para negociar contigo? - revirei os olhos. Voltei a olhar para a câmera. Hum.. talvez até aceitasse gravar a tal mensagem.

- És muito saída da casaca - e naquele momento, isso irritava-me. Soltei uma gargalhada fria. Ela não fazia ideia do que eu pretendia com o seu irmão. - Eu procuro outro tipo de negócio - E talvez nem mandasse a porcaria do filme a fazer sexo com a irmã. Talvez apenas o guardasse para mim.
Comecei a tirar a roupa.

Afastei-me dele, assim que começou a tirar a roupa. Ele que nem pensasse em satisfazer os seus desejos sexuais comigo. Que violasse outra pessoa. Olhei-o. - Wow, wow, wow.. podes muito bem, voltares a vestir-te.. - fiz um ar pensativo. - Eu faço a gravação.

- Agora já não tens outra hipótese. Eu só digo as coisas uma vez - Ela que não se tivesse armado quando lhe ofereci essa chance. Fiquei apenas com os boxers pretos. Movi-me lentamente para ao pé da cama depois de pôr a câmara a gravar.

Olhei para ele a aproximar-se da cama e puxei as almofadas para o pé do meu corpo. Ele que nem pensasse em fazer aquilo. Quanto mais coisas eu fazia, mais nojo eu tinha dele. Ninguém, no seu prefeito juízo, iria violar uma pessoa e filmar isso.