Quarto de Hóspedes

Depois de ele ter-me dado com aquele spray em cima, apaguei por completo. Quando acordei, estava num quarto completamente desconhecido. Nunca ali estivera e podia imaginar, onde me situava. Doía-me a cabeça, os pulsos e mais algumas parte do corpo. Olhei em redor.

não vou não. '-----'

Deixara Celine num dos muitos quarto de hóspedes da minha casa. Era um quarto fechado e estava completamente trancado. Não havia janelas por onde ela pudesse sair, apenas uma parede de vidro à prova de bala. 
Já com o esfaqueamento tratado e uma mudança de roupa, destranquei o quarto e entrei lá para dentro. Ela já devia estar acordada à horas, por esta altura. Voltei a trancar a porta usando uma combinação electrónica. 
- Ora, já está acordada. 

Explorara grande parte do quarto. Tinha o seu luxo, mas era aborrecido de mais. O meu olhar centrou-se na porta e seguidamente, nele.
- Não, eu simplesmente sou sonâmbula. - revirei os olhos. Sabia que não estava em posição para fazer graçolas, mas não conseguia evitar. Aquele gajo irritava-me de uma enorme maneira. - Quando é que me vou embora, mesmo?

- Que bom - respondi ironicamente. Para mim ela era apenas um negócio, uma alternativa para o caso de algo correr mal - Quando eu decidir que te podes ir embora - e não me parecia que isso fosse acontecer tão cedo.

As suas palavras acabaram por quase me passar ao lado.
- Sabes que depois disto, o meu irmão vai-te matar, não sabes? - peguei num pequeno elefante de porcelana que ali estava e observei-o detalhadamente. Aquilo não era uma pergunta difícil. Era bastante óbvia.

- És mesmo ingénua - acabei por dizer. Um sorriso sarcástico aflorou-se na minha face - Gostava de o ver tentar - Para além disso, eu tinha vantagem. Ele ainda ia demorar até entender que era eu quem tinha a sua irmã. Eu cobrira bem o rasto.

- Como queiras. - olhei novamente em redor. Tinha que achar uma maneira de sair dali. Já não era a primeira vez que era raptada, por uma gangue inimiga e todas as outras vezes, safara-me e fugira. Esta não ia ser diferente. Além do mais, eu era inteligente, detalhista, iria conseguir algo. Pousei o elefante no sítio onde ele estava e sentei-me na cama.

Aquela rapariga era aborrecida como refém. Como mulher que era, só servia para uma coisa, sexo, e tinha dúvidas em como até para isso prestasse - Podes tentar o que quiseres. Não vais sair daqui - era um quarto de alta segurança.

- Como queiras. - voltei a repetir. Estava para poucas conversas, num momento como aqueles. Se ele fosse um rapaz ingênuo, ou um puto de primeira, tentaria-o seduzir, mas não era. Deitei-me na cama e estiquei-me, para abrir a mesa de cabeceira e tirar de lá um maço de tabaco e um isqueiro. Acendi um cigarro.

Eu até era um bom-anfitrião. Dera-lhe um bom quarto quando a poderia ter fechado na cave. Saí do quarto e dei ordens para que lhe fosse levada comida.

Assim que ele saiu, comecei logo a pensar num plano qualquer. Dois indivíduos acabaram por entrar no quarto, com um tabuleiro. Como seria de esperar, os pratos e talheres eram de plástico, por isso, não podia pegar por aí. Quando um dos rapazes, pousou o tabuleiro, fixei-me na sua arma e rapidamente puxei-a para mim. Dei-lhe um tiro na cabeça e seguiu-se o amigo dele. Comecei a correr até alcançar a porta, mas aí, mais uns quantos apareceram. Fodasse.

Seria possível que os meus homens fossem tão imbecis por vezes? Mal ouvi os tiros, soube logo que tinha sido a cadela Connor. Rasteiramente, aproximei-me por trás e tirei-lhe a arma. Depois encurralei-a contra a parede.
- Vai buscar as corrente - disse a um nos meus homens.
- Tu, minha menina, vais arrepender-te disto. - quando me deram as corrente, juntei os seus pés. Depois algemei os seus seus pulsos. Enquanto isso estavam a tirar os homens mortos do quarto.

Semicerrei os olhos e mostrei-lhe que não estava arrependida pelo ato que cometera, nem nunca estaria. - Arrepender-me por quê? Por ter morto dois vermes emprestáveis? Por favor, vai para a merda. - disse a última frase de uma forma descontraída. Os meus pés e pulsos foram presos, mas nem me dei ao trabalho de retaliar. Ele ainda ia ter, o que merecia.

Com o quarto já limpo, empurrei-a para dentro dela. Atirei-a para cima de cama e prendi cada um dos seus pulsos à cama, fazendo-a ficar com os braços estendidos. Tirei as correntes dos seus pés e fiz o mesmo, prendendo-os de modo a que ela ficasse com as pernas afastadas. Tinha também uma mordaça, que lhe poria caso fosse preciso.
- Vais aprender a não te meteres com os Crips - jurei num tom frio. E ela ia começar a pagar agora. Aproximei-me do seu corpo e rasguei-lhe o casaco. Logo de seguida rasguei a camisola, deixando-a apenas com o soutien.

Arrrg.. mas será possível que eu não ia conseguir sair daquele inferno? Será possível que ele era assim tão nojento, ao ponto de fazer aquilo?
- Pára com isso! - Já sabia que não valeria a pena tentar soltar-me, mas, mesmo assim, tentei mover-me, remexer-me o que fosse. - Seu porco, larga-me! Não me toques!

O meu olhar era gelado e vil. Nunca violara uma rapariga mas isto era mais uma pagamento, era diferente. Ela merecia-o por se ter metido comigo. Merda do MS-13.
Agarrei-a pela cintura e deslizei a saia para baixo.
- Eu disse que te ias arrepender.

- Uma coisa é dares-me porrada, outra é violares-me! - e apesar de nenhuma me agradar, preferia ser espancada. Assim que a minha saia começou a deslizar pelas minhas pernas, movimentei os meus braços e tentei sair de baixo dele. - Pára, eu não quero!

- Prometo-te que vais gostar mais da segunda - respondi num tom manhoso e frio. Ri-me friamente. - Ah, não queres? - soltei uma gargalhada - Achas que me importo, pêga? Vais pagar-me pelos dois homens que mataste.

Os meus olhos encheram-se de lágrimas. Tentei engolir o choro, mas foi impossível. Tudo o que ligava a sexo, assustava-me e pela primeira vez, sentia-me assustada, aterrorizada.
- Tiveram o que mereciam. - murmurei. Nem mesmo numa situação daquelas, eu conseguia estar calada. - Por favor.. não faças isto.

- Não. Eles nem sequer te tocaram e tu mataste-os - Mas isso era vida entre gangues. Agora eu ia vingar-me. Os Crips eram uma família. Tirei rudemente as suas cuecas e tentei não pensar que ela estivesse a chorar. Merda, ela deve ser da idade da Bella e só de pensar em alguém a fazer o mesmo à minha irmã...

Mas faziam parte do seu gangue, o que era o suficiente para merecerem uma morte crua e dura. Não me pronunciei mais sobre aquele assunto. Estava demasiado assustada com os seus atos. Quando me retirou as cuecas, tremi.
- Por favor.. - comecei a soluçar. Ele que não avançasse mais. - Por favor, não faças isso..

- Agora estás com medinho, é? - Era engraço vê-la com medo depois de me ter esfaqueado e irritado. Eu ainda continuava plenamente vestido - Tanto choro. Ficas ainda mais feia com a maquilhagem borrada - E porque não? Vais gostar, queridinha. Oh sim, até vais implorar por mais - Ou talvez não. Eu não era propriamente gentil no que tocava ao sexo.

- Como queres que não esteja com medo, se tu estás prestes a tirar-me a virgindade, contra a minha vontade! - recomecei a chorar e escondi a cara, nas minhas mãos. Ele não precisaria de saber daquele detalhe. Mas podia ser que pensasse duas vezes, antes de fazer o que quer que fosse, ou então não..

- És virgem? Mas que belo bónus - murmurei num tom sibilante. As minhas mãos agarraram as suas coxas e foram entrando mais para dentro. Ela não tinha muita carne para agarrar, de tão magra que era. Abri então o fecho das minhas calças.