Rua Secundária

Iamos ter de ganhar mais hábito de tirar fotografias pois eu queria recordações de toda a vida dos pequenos. Aproveitei uma pausa em que os gémeo brincavam juntos, para ficar tranquilo com Celine - Eles estão tão grandes.

Os bebés brincavam um com outro, mas bem perto de nós. Como sempre, Sienna pregava partidas ao irmão gémeo. - Pois estão. Nem parece que já têm um ano. É incrível como o tempo passa rápido.

- Por altura do nosso casamento já andarão. Podem levar as alianças - O que era perfeito.

- Até lá ainda faltam uns bons meses. - fiz uma careta. Só depois do bebé nascer é que nos planeávamos casar. - Podíamos aproveitar e baptizá-lo quando estivermos em Itália.

- Por isso mesmo. Mas daqui a um dois, estes pirralhos já estão a andar, aposto - Disse feliz - Dois em um.

- Vão ser terríveis. As duas pestes numa igreja, prevejo estragos e dos grandes. - comecei-me a rir. - Exacto. - eu sabia que ele também iria querer baptizar o bebé que aí vinha, mais valia fazer-lhe a vontade.

- Estou mesmo ansioso por conhecer este pequenino... ou pequenina - Disse, pousando a minha mão discretamente na sua barriga.

As minhas mãos foram parar em cima da sua e beijei-o na face. - Eu também. E bem, sinto que vai ser um Francesco, forte e destemido como um verdadeiro Ricci. - sorri abertamente. - E aproveitando esta conversa sobre os nossos filhos.. Ele vão para a creche?

- Estás muito segura. Deve ser instinto de mãe - Brinquei. No inicio quisera que fosse uma rapaz, mas agora ansiava também por uma rapariga - Não sei se é o mais seguro...

- Instinto de mãe é? Pensei que não acreditasses nessas coisas. - ri-me. - Pois.. - havia sempre o risco de algo lhes acontecer, mas ao mesmo tempo, eu queria-lhes dar uma infância e uma vida minimamente normal. - Mais cedo ou mais tarde, eles vão precisar de conviver com outras crianças. Temos que arranjar uma solução. E mantê-los fechados em casa, não é uma.

- Nao acredito. Mas talvez mude de ideias se estiveres certa - disse-lhe.
- Eu sei, eu sei - Tinha de pensar no assunto - Vou arranjar uma soluçao,

- E se eu estiver errada, que nome lhe vamos dar?! - não era a minha intuição a falar e sim a minha vontade. - Eu sei que vais, arranjas sempre uma. - beijei a sua face. - Por enquanto, quando não estivermos muito ocupados, podemos voltar a trazê-los cá. Eles divertem-se.

- Não sei. Mas temos de pensar num nome perfeito - Relembrei, já pensando em alguns.
Mirei os gémeos - Pois é. Olha aqueles sorrisos - Voltei a tirar algumas fotos com o Iphone.

Tinha a certeza que o bebé iria ter um nome perfeito. Os gémeos assim os tinham. - E podíamos levá-los a viajar mais vezes, quando não estivesses tão apertado no gangue.

Apertado no gang. Era um eufemismo para o quanto eu realmente andava apertado , mas antes de a conhecer. Descuidava-me mito mais agora. As coisas nao iam bem.
Mas nao lhe podia contar e preocupar.
- Arranjarei tempo.

- Eu sei que sim Enzo. - sorri abertamente. Fui comprar um gelado para nós os quatro e depois, mais tarde, voltámos para casa.