Quarto

Relembrando a primeira mensagem :

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Disso era culpado. Mas eu estivera perdido, à deriva. A falta dela fora...insuportável. 
Suspirei.

Dormir com Giuliana era algo que já estava à espera. E eu continuava abraçada ao seu braço. - Ele sufocava-me sempre que se vinha.. ele amarrava-me à cama quando eu tentava fugir..

Vibrei de raiva por momentos.
- Lamento tanto, Celine..

- É, lamentas.. - por mais que eu quisesse, não havia forma de mudar o passado e precisava de esquecer aquilo. - Se eu fizesse tudo certo, ele brindava-me com um pouco de liberdade. - suspirei. - E tu.. tu apontaste-me o dedo..

Eu não podia imaginar que Anthony lhe fizera aquilo. Nunca pensei que o homem desceste tão baixo - Não é como se eu tivesse ideia. Apareceste do nada e parecias toda integrada lá naquele grupinho, olhavas-me de morte.

Anthony exigira que eu fosse integrada, que arrecadasse todas as leis de boa etiqueta e desprezo por Enzo. - Como querias que te olhasse depois de saber que enquanto estava presa naquela casa, tu dormias com outra? Eu senti-me traída, senti-me revoltada, usada.. pensei que nunca quiseste saber de mim.

- Mas não era apenas isso - Porque no olhar dela havia muito mais ódio do que isso.

- Não, não era.. - engoli em seco. Também havia a parte em que o olhava e o culpava por tudo o que me tinha acontecido.

- não, também acreditaste no teu pai sobre eu ter morto a maior parte da familia - ela não confiara em mim.

revirei os olhos. não fora bem isso. - não, eu acreditei que tinhas levado a minha família à ruína. - Enzo era cruel e na altura eu acreditaria em qualquer coisa.

- e nem por um momento achaste que o fiz porque tinha de o fazer? - questionei. Eles tratavam-na tão mal e ela ainda ficava do lado deles?

fiquei uns minutos calada, a pensar nas suas palavras.
- Haviam outras alternativas Enzo..

- Não haviam. Não estavas lá, não sabias da situação. 
Respondi diretamente.

- Claro.. - revirei os olhos. - Que seja..

Nunca nos entendíamos. Ficava farto disso.
Mas ela continuava agarrada a mim.

A nossa conversa ficava por ali. Não voltei a falar ou a mexer-me. Acabei por adormecer.

Acabei por a abraçar.
Depois adormeci.

Quando acordei, no dia seguinte e com pouca vontade de encarar a realidade, dei-me de caras com Enzo, abraçado a mim e eu a ele. A minha mão acariciei a sua face e somente para matar um pouco da saudade, beijei rapidamente os seus lábios. Depois saí da cama e fui tomar banho.

Voltei a acordar sozinho na cama. Isso deixou-me logo de mau humor. 
Levantei-me, tomei um banho e vesti-me. Iamos embora hoje.

Tinha ido tratar dos gémeos, vesti-os e alimentei-os. As suas malinhas já estavam prontas e eu não precisava de arrumar nada mais do que aquilo que tinha trazido no corpo e comprado em Florença. Voltei para o quarto com os pequenos.

Estava quase a sair do quarto com eles entraram.
- Já está tudo pronto?

Passei-lhe um dos gémeos, já que ambos estavam muito irrequietos.
- Sim, já está tudo mais do que pronto.

Peguei em Vincenzo ao colo depois de ela mo passar.
- Então podemos ir.

seguimos ate ao aeroporto. depois partimos para roma.