Praias

Estávamos deitados, agarrados um ao outro, simplesmente porque sim. Fomos falando e apontando para algumas estrelas conhecidas. Trocámos algumas ideias.

Chegou a altura em que a observei. A sua face estava iluminada pelo luar e podia jurar que nunca vira mulher mais bela do que Celine. A espera daquelas vários dias terminou e não aguentei ficar afastado. Inclinei-me para a beijar.

Fui surpreendida pelo seu avanço. Mas não o afastei, muito pelo contrário. E mesmo que o quisesse, não conseguiria. As minhas mãos agarraram firmemente a gola da sua camisola e puxei-o.

Subitamente soube que não ia parar a não ser que ela assim o quisesse. Estava desejoso por isto há já vários dias.
Aprofundei o beijo.

Sabia que não me devia deixar levar pelas emoções e que seria um erro, continuar aquilo.
Mas eu não o conseguia parar de beijar. Gostava como as coisas estavam a fluir.

O sofá era espaçoso o suficiente mas mesmo assim... Quebrei o beijo e murmurei ao seu ouvido - vamos para dentro...

Peguei na sua mão e seguimos lá para dentro.
Aí os nossos lábios voltaram-se a colar.

O quarto do iate era grande e tinha uma cama oval. Foi para aí que a dirigi enquanto nos beijávamos.

Os nossos actos tornavam-se apressados, as nossas bocas tocavam-se como se não houvesse amanhã. Descaímos em cima da cama e aos poucos, fomos ficando sem roupa.

Ficámos reduzidos a nada. Eu estava excitado, desejoso por entrar nela. Acariciei a sua face e tentei ficar numa boa posição em cima dela.

Era estranho recebê-lo depois de alguns meses. Ainda para mais, tendo eu uma barriga já grande. Mas esqueci-me de tudo quando me penetrou, apenas o beijei.

Tentei fazer aquilo da melhor forma para que ela recebesse tanto prazer quanto lhe poderia dar. Eu próprio estava sedento de desejo.

A barriga não parecia estar a ser um problema para nós.
Os nossos corpos moviam-se de forma natural, coordenados, tal e qual como aquela noite de Natal.

Era como se só existíssemos nós os dois. Toda a experiência de sexo que tinha com outras mulheres era completamente diferente do que estar com ela. Porquê?

Perdemos completamente a noção do tempo. Talvez tivéssemos ficado naquilo horas. Chegou a uma altura, em que os nossos corpos se juntaram e colidiram um com o outro.

O culminar de tudo deixou-me sem respiração. Quando os resquícios do orgasmo começavam a desaparecer, inclinei-me e beijei-a suavemente.

Remexi-me na cama e aninhei-me a si, mal se deitou ao meu lado. Aquele momento deixara-me sem força e por isso, foi rápido enquanto adormeci.

Foi rápido até que ela adormecesse. Não me importei, apesar de ter ainda muito mais para dar. 
Abracei-a e aninhei-a contra o meu corpo, cobrindo-nos com uma manta.

A noite foi passada numa grande tranquilidade. Fora talvez das melhores noites que tivera.
Acordei por volta das nove,dez da manhã, sozinha na cama. Vesti as cuecas e a camisa de Enzo saí à sua procura.

O barco permanecera no mesmo sitio mas agora estava a mover-nos. Ainda não íamos voltar para terra mas iamos dar mais umas voltinhas pelas ilhas. Por iso estava no leme.

Fui encontrá-lo na parte da frente do iate. Abracei-o por trás e pousei a minha cabeça sobre as suas costas. - bom dia. - murmurei ainda um pouco sonolenta.

- Hey... - virei-me para ela e sorri.
Inclinei-me e beijei-a.

Cada vez mais, gostava dos seus lábios.
Voltei a abraçá-lo e olhei para o mar.
- Para onde nos levas?

- Há uma ilha a algumas milhas com algum areal. Vamos até lá um bocadinho - informei confirmando se estava na rota correta através do gps.

- Tudo bem. Quando chegarmos avisa, eu vou comer qualquer coisa. - e talvez me bronzear um bocadinho que fosse, pensei. Beijei-o e fui lá para dentro.