Trinity Park

Passei o meu telemovel a Vincenzo, que ficou fixado no ecrã.
Com jeitinho, apontei a câmara para Celine e Sienna e tirei uma foto.

Tive que puxar um lenço para limpar a pequena.
Fiz sinal a Enzo, para se sentar ao meu lado.

Ficámos lado a lado e os gémeos tentaram brincar um com o outro - eles vão se pegar todos daqui a uns meses - ri-me.

E por uns momentos parecíamos uma família como aquelas dos filmes. Sorri por uns momentos. - Pois é.. vão ser umas pestinhas. - mordi o lábio.

- têm a quem sair nesses genes - e nisso era os dois. Celine tinha aquele ar inocente e calmo mas ambos sabíamos que ela conseguia ser uma diabinha.

Franzi a sobrancelha e olhei-o meio que de esguelha. Eu tinha percebido as suas palavras, perfeitamente. - Hum.. espero que te refiras somente a ti. - fiz uma careta.

- não me parece que saiam só a mim nesse aspecto - olhei para os dois bebés, que tinham semelhanças com nós os dois ainda que Sienna fosse mais parecida com ela e Vincenzo comigo.

Estalei a língua e corei por uns momentos. Eu não era uma santa de todo e muito menos inocente. E talvez lhe desse razão, mas não agora. - A mim parece-me claramente, que sim, só a ti.

Ri-me suavemente, olhando para ela.
- Não és santa nenhuma e sabes-o - Brinquei com a mão de Vin - Ele partilha da mesma opinião.

Ergui o sobrolho e desta vez olhei-o directamente.
- Serei bem mais santa que tu. - olhei para o pequeno. - Sabe? Supostamente, como é que tu sabes isso?

- Isso é indiscutível - Se bem que havia uma crueldade nela que eu pensava que se soltaria um dia - Ele está a sorrir e abanar a cabeça, é uma concordância.

- E porquê? - encolhi os ombros. Fiz uma careta quando se volto a referir a Vin. - Ele está apenas divertido, assim como a irmã. É muito novo para concordar com as barbaridades do pai!

- Por razões que bem amos sabemos - Sorri maliciosamente, pensando naquilo que fazíamos no quarto negro. - Nada isso.

Pensar no quarto negro.. hum.. apenas uma ou duas vezes tivera realmente prazer naquele sítio. O meu corpo tremeu por momentos. - Sim, é isso mesmo. Não queiras meter coisas na boca do pequeno. Ele ainda nem sabe falar!

- Mas vai aprender. Não é filho? - Perguntei a sorri olhando para Vin.

- Vai aprender, quando ele tiver idade para isso. - mostrei-lhe a língua. Olhei para Sienna que acabou por se rir. - Sempre lhe deste o nome que sugeri.

- Percebi que era o nome perfeito para ela assim que a vi pela primeira vez - Comentei, sorrindo ao relembrar-me desse momento.

Ainda bem que todo o nosso afastamento e desavença, não interferira com o nome da pequena. - É.. não existia nome mais bonito, para esta menina doce. - murmurei, vendo o seu sorriso. Sienna era a mais calma dos gémeos. Era deliciosa, assim como o irmão.

- E ele também tem um nome à altura - Era um nome poderoso em Itália e quase uma tradição na minha familia, que andava sempre à volta dos Enzo's, Vincenzo's e Lorenzo's.

Comecei-me a rir. Eu gostava imenso do nome de Vin e por momentos, pensei bem, se deveria picar Enzo. Acabei por o fazer. - Dizes isso, porque tem o teu nome junto! - fiz uma careta.

- Claro, que outra razão querias?! - Entrei na brincadeira enquanto me ria.

- Uma razão muito melhor.. unf.. e algo que não tivesse o teu nome horroroso dentro, com toda a certeza! - comecei-me a rir.

Abracei a pequena Sienna com força. Talvez exageradamente. - A minha bebé não precisa dar que falar.. - sabia que não o iria impedir de fazer Vincenzo um futuro herdeiro do seu império. E talvez pudesse salvar, ao menos, a bebé desse ambiente.. gangues, guerras.. tudo..

Não gostava nada quando ela se referia aos gémeos com posse - Um dia, o nome dela fará que falar. Será a mulher mais linda do mundo. Dar-lhe-ei toda a educação e instrução que fará tanto dela como de Vin um orgulho.