Hall de Entrada

Tinham-se passado duas semanas. Pelos vistos assustara mesmo a miúda. No meu âmago, adorava isso. E só a procurava agora porque ainda a queria tornar minha submissa, percebera que causar-lhe dor satisfazia-me mais do que fazer o mesmo em outras raparigas. 
E dali não sairia sem algo. Isso era certo. Toquei à campainha.

Eu fazia juz à minha palavra, tanto, que nunca mais voltara à casa de Enzo.
Naqueles últimos dias, tinha andado cheias de dores. E iam-se intensificando, conforme o tempo passava. Mal me aguentava em pé. Assim que ouvi a campainha, saí do sofá e fui abrir a porta. Revirei os olhos. - O que vieste aqui fazer? - nem lhe iria perguntar, o como tinha conseguido a minha morada. Era tão óbvio.

- Olá para ti também - comentei com um sorriso irónico. - Vais deixar-me entrar e falar? - Atenção, só estava a ser educado. Entraria de qualquer das maneiras.

Revirei os olhos e dei-lhe passagem. Tinha a certeza que ele entraria de qualquer das formas. - Fala. - Fechei a porta e encostei-me à mesma, cruzando os braços ao peito.

encerrado.

Passou-se duas semanas e por mais esforços que fizesse, Enzo proibia-me sempre de ver os gémeos. Tornava-se em algo angustiante.
Houve um dia, enquanto passeava pelas ruas e pensava em algo, encontrei-me com Grazi e esta acabou por me confessar, que os bebés dificilmente comiam. Rejeitavam o biberão, o tipo de leite, já fora quase todo experimentado e eles continuavam a recusar aquilo. Obviamente que me preocupou e mesmo sabendo que estaria a desobedecer uma ordem, acabou por concordar em ajudar, a ver os pequenos.

encerrado.