Exterior/Piscina

Talvez se eu não tivesse falado, ela teria continuado ao calor. Sorri e deixei-me aproveitar.

A barriga realmente incomodava-me. Deixa-me mais pesada e isso não podia negar.
Não fiquei muito tempo dentro da piscina. Saí e enrolei-me a uma toalha.

- Então, já saíste?
Olhei para ela, agora tapada com a toalha. Eu achava-a mesmo sexy, a gravidez ficava-lhe bem.

- Sim.. - abanei a cabeça. - Cansei-me da piscina. - depois de me secar minimamente, deitei-me na espreguiçadeira.

Também saí da piscina e deitei-me na espreguiçadeira ao lado dela.
Coloquei os óculos de sol, no meu Iphone e depois de pôr os phones, ouvi música equanto me bronzeava.

Eu era branca, muito branca e por isso não era fácil de me bronzear. Encolhi os ombros e esperei que ele olhasse para mim.
- Isto é aborrecido, Enzo..

Tirei os phones para a ouvir melhor.
- O que é que queres fazer? - perguntei.

vou jantar

- Não sei. Mas estar aqui a olhar para o nada e a apanhar sol, sem dúvida que é algo que não quero. - e não queria parecer chata, mandona e mal agradecida. Só não me estava a sentir claramente cómoda, ali. - Tu disseste que quando viéssemos para aqui, me irias ensinar a cozinhar.. então.. - encolhi os ombros. Era uma ideia.

Desta vez olhei para ela. Não queria que estivesse aborrecida e , mesmo que me apetecesse bronzear, ia fazer-lhe a vontade. - Então anda, vamos para a cozinha.

Ficava muito mais contente assim.
Enrolei a toalha ao meu corpo e agarrei na sua mão.
Seguimos para a cozinha.

encerrado.

Fui eu quem confeccionou todo o jantar. Era uma receita de familia, deliciosa e nutritiva que era o que Celine precisava. Depois de tudo pronto, fomos para o jardim.

Fomos para o pé da piscina. Estendi uma toalha e pousámos lá as coisas.
Foi rápido até começarmos a comer.

Gostava daqueles momentos com ela. Era uma pena que não fossem eternos.
- está bom? - perguntei.

Enzo tinha imenso jeito na cozinha. Cada prato que provava, seu, deliciava-me. E eu era difícil de agradar no que tocasse a comida. - Está tudo muito bom Enzo. - sorri.

- Nada que eu faça é para ser menos do que bom - Isso era algo certo. - Fico contente que gostes.

- Uh.. e também és um pouco convencido, não?
Ri-me. Eu não tinha assim tanta fome, mas lá comi tudo o que preparou.

- Não. Sou determinado e realista, sei aquilo que faço.
Não estava a gozar com esta frase. 
A comia acabou, o jantar deu-se como terminado mas ficámos ali na mesma. Estava uma noite boa, estrelada.

- Sim, mas também és convencido. - fiz uma careta. Os empregados arrumaram as coisas e aproveitei que a toalha já estava vazia para me deitar.

- Um pouco - admiti, rindo-me.
Deitei-me de lado e fiquei apoiado no cotovelo. Mirava-a. Distraídamente, levei a mão à sua barriga.

Sorri abertamente e pousei uma mão por cima da sua.
Olhei-o. - Hum.. diz-me.. tu nunca, hum.. nunca fizeste mal a inocentes?

- Fiz-te mal a ti - disse num tom grave, em remorsos. 
E sim, já tinha feito mal a outros inocentes. Eu era uma besta.

Eu não era propriamente inocente. Tinha-me arrependido de algumas coisas que tinha feito, nomeadamente à sua irmã. - Oh, eu não estava a falar disso. - achava tão estranho, gostar da pessoa que me violara. - Estava a falar de outras pessoas.

Para quê mentir? Se ela não soubesse por mim, saberia por outros. Não era segredo nenhum algumas das coisas que fizera - Já fiz mal a outros, sim - Admiti, olhando para a sua reacção.

- Ham.. - não me surpreendia, mas também não me aterrorizava. Tom também já fizera mal a pessoas inocentes. - E porquê?

- Porquê? Pela razão de sempre. Poder. 
E o facto de eu ser um pouco sádico, também.