Esgotos

Caímos os dois para aquele espaço imundo. Agarrei Celine pelo o pé quando ela tentava escapar de mim - Dá-me a merda do colar, não estou a gozar.

- Larga-me! - Comecei a dar-lhe pontapés para que me largasse o pé. Maldito fosse! Aquele sítio estava imundo, o que já era de esperar. - É que nem penses!

Puxei-a pelo pé e depois pela suas roupas. Acabei por a conseguir neutralizar. Tentei tirar-lhe o colar ma ela mexia-se bem.

Quando dei por mim, já estávamos os dois à porrada um com o outro. E mesmo que doesse, que me magoasse, mesmo que ele me aleijasse com toda aquela força bruta, continuei com o colar agarrado a mim. - Pára.. quieto!

Dei-lhe uma bofetada pesada e foi assim que consegui reaver o colar - pára de te meter no meu caminho.

Os meus olhos encheram-se de lágrimas. Dei-lhe também uma bofetada e seguidamente, empurrei-o contra o chão. - Pára tu, de te meteres no meu.. meu caminho!

Sabia que a dor que ela me provocava não era nada comparada com a que eu lhe provocava.- Ah, ia dizer meter-me no teu quê? Já me meti em várias outras coisas tuas que não o teu caminho - comentei num tom de pura malicia.

Semicerrei os olhos, ao ouvir as suas palavras. Ele não perdia tempo, em tentar lembrar-me de toda aquela monstruosidade que me fizera. - E consequentemente, a tua maninha querida, não teve um grande momento. - aproveitei que estava distraído e roubei-lhe o colar, novamente.

Ao relembrar Bella, só me veio raiva ao olhar. Agarrei a sua mão com bastante força. Com algum esforço, prendi o sue corpo debaixo do meu. Ela ainda continuava com o colar - Queres uma repetição daquilo que te fiz outra vez? Em plenos esgotos, no sitio certo para os da tua laia.

Queixei-me de dores. Ele sabia como magoar uma pessoa, mas não era por isso, nem com as suas ameaças, que lhe ia dar o colar. Acabei por lhe cuspir na cara. - Tenta e eu juro que desta vez não serão só seis..

Inclinei-me sobre ela e mordi o seu lábio com força, fazendo o sue sangue aparecer. - As tuas ameaças não me dizem nada. Não voltas a chegar perto da minha irmã.

Com a minha mão desocupada, consegui afastar a sua cara da minha e apertei os seus olhos com os meus dedos. - Volto, se quiser.. e se voltar, reza para ser compreensiva.

- estúpida - levantei-me e saí de cima dela. - Não vais voltar, loirinha. Porque se o fizeres eu vou atrás da tua irmãzinha. Como é que ela e chama mesmo? Amana? Amine? Anda muito nas ruas... Agora passa-me o colar.

Levantei-me, assim que saiu de cima de mim. Agora ameaçava Aminah? Ele que tentasse tocar num fio de cabelo, que fosse, que tanto eu como o meu irmão, dávamos cabo dele e do seu ganguezinho patético. - Tenta sequer.. mato a tua irmã e ainda a dou aos porcos. - sorri cinicamente. - Queres o colar é? Pois fica querendo!

As ameaças dela não me atingiam minimamente. Tirei a minha arma e apontei. Não pensei duas vezes. Atirei e acertei-lhe na coxa. Se a quisesse matar, teria-o feito.

Tive que me apoiar à parede, antes que caísse. Nunca antes levara um tiro e era uma dor horrorosa. Semicerrei os olhos e encarei-o. Atirei-me novamente para cima dele e empurrei-o para cima de uma enorme poça de água suja. - Monstro! - gritei. Coloquei uma mão na coxa.. Mesmo a coxear, comecei a andar dali para fora.

Ela andava mal e lentamente. A sua ferida era pior do que a que ela me provocara no braço. Isso deu-me vantagem para a atacar e agarrar no colar. Depois disso comecei a correr. Ela nunca me apanharia.

encerrado.

Maldito fosse aquele filho da puta. Semicerrei os olhos. Mas aquilo não ia ficar assim! Tentei andar mais rápido, mas estava cheia de dores.. caminhei, caminhei, até finalmente sair dali. Eu ia reaver o colar!

encerrado.