Ponte San Francisco

Entrei num táxi assim que vi Tom entrar no carro dele e pedi ao taxista que o seguisse até onde fosse. Ele estava a afastar-se para San Francisco e o táxi só parou quando Tom o fez. Entreguei um maço de notas ao taxista que me olhou perplexo e saí do carro, permanecendo escondida perto de um muro alto.

Olhei-o enquanto ele conduzia e depois voltei os olhos para a estrada por momentos. Oky ele estava a abusar na velocidade e mesmo que isso não me importasse metia-me um certo respeito devido à sua grande irritação. - Eu só quero que percebas que eu preciso de ti... - Disse voltando a olhá-lo.

- O teu problema é que pensas que eu só te quero como o Tom Russo, o líder. Isso é mentira... - Disse olhando-o atentamente. - Tom eu só quero que percebas que podes ter vida própria sem me tratares mal, porque eu não preciso disso, preciso de ti! - Exclamei.

Os meus olhos arregalaram-se quando vi o camião vir na nossa direcção. Agarrei na camisola de Tom com uma mão e a outra agarrou a porta com força. Numa questão de segundos eu passava de uma pessoa perfeitamente normal a um caco. Sentia a minha cabeça a andar à volta assim que o meu lado do carro embateu contra o camião e me fez ficar colada a Tom, não porque queria mas porque o embate assim me obrigou. Olhei para ele com a minha visão turva e respirei com dificuldade. - Amo-te... - Disse antes de fechar os olhos e cair num sono profundo, se não interno.

O condutor do camião tinha ficado bem e por isso mesmo tratou de ajudar Tom no que este precisava, chamando a ambulância que não tardou em chegar. A rapariga estava praticamente feita num 8, já o rapaz encontrava-se praticamente bem, não fosse algumas mazelas que tinha dos vidros partidos e afins. Após ser assistido pelos paramédicos foi levado com a rapariga juntamente para o hospital.