Teatro

Fomos no meu carro até ao teatro, onde se ia realizar o concerto. Subimos até um dos camarotes, eu que tinha reservado.

Quando era mais pequena, passava a vida a entrar à socapa em teatros. Voltar a pisar um, trazia de volta essas lembranças. Assim que finalmente entrámos no camarote, sentei-me.

Estávamos sozinhos no camarote. Tinhamos uma vista fantástica dali mas a minha atenção não estava virada para o concerto em vias de começar. Pelo contrário, na minha mente não parava de reviver a noite passada.

Eu notara em certas diferenças naquele teatro. A começar pelos camarotes, que tinham um novo designer. As luzes que faltavam acenderam-se e o concerto começou.

O concerto em sim era agradável mas não prendeu a minha atenção. Acabei por pedir a um dos empregados um pouco de brandy.

Estava divertida a acompanhar o concerto, o mesmo não parecia Enzo.
- Passa-se alguma coisa? - olhei para ele.

- Não se passa nada - acabei por dizer, omitindo o pressentimento que tinha. Só não sabia se era um bom pressentimento ou um mau pressentimento.

Não me convencia com aquele ''não se passa nada'', mas também, não ia insistir. O concerto ia demorar a acabar, afinal, era uma hora e meia daquilo e ainda há pouco tempo tinha começado. Entretanto, as luzes ao nosso redor apagaram-se e só ficaram apenas, as do palco.

Na fraca luz que agora tínhamos, fitei-a discretamente. Celine estava bem vestida, que nem uma autêntica senhora e estava atenta ao palco. Eu estava atenta a ela.

O concerto era realmente divertido. Já tinha percebido, que era uma espécie de musical. Mas às tantas, acabei por voltar, mais uma vez, a minha atenção para Enzo. Só não estava à espera, que ele estivesse a olhar para mim. Ainda ponderei uns minutos. - Queres fazê-lo?

- Hum? - perguntei, abanando a cabeça para voltar a prestar atenção à realidade - O que é que disseste?

Devia ter ficado atrapalhada, mas isso não aconteceu. - Nada, deixa para lá! - voltei-me novamente para o palco e controlei a vontade enorme que tinha de me rir.

Agora eu ficara curioso e chateado por não ter entendido. Tal não me impediu de, pelo facto de estar sentado ao lado dela, tactear o seu braço desnudado com a minha mão.

E como sempre, o meu corpo reagiu ao seu toque e arrepiei-me. E mesmo estando atenta ao que se passava no palco, voltei a pronunciar-me. - Se queres fazê-lo.. foi isso, o que eu disse. - murmurei.

Agora as coisas tornavam-se claras. - Aqui, no teatro? Não te importas minimamente? - perguntei, escondendo o quanto isso me divertia. Para alguém que não parecia apreciar muito o sexo, havia coisas que estavam a mudar nela.

Cruzei os braços ao peito e encolhi os ombros. Acho que não me incomodava fazê-lo ali. - Queres ir para casa é?

Soltei uma gargalhada baixa - Não, não... Estou apenas surpreendido que o queiras fazer, especialmente num titio público - respondi.

Agora tinha ficado chateada. Se era para ele se por a rir, mais valia ter ficado calada.
- Vai-te lixar. - Revirei os olhos e voltei a prestar atenção ao concerto.

Gostei da forma de como ela reagiu à minha provocação. Agora seria ainda mais divertido. A minha mão subiu pelo eu braço acima, acariciando o seu rosto. Segundos depois os meus lábios estavam no seu pescoço.

Mesmo que eu tentasse me fazer de forte, não conseguia. Iria sempre ceder. - Tu sabes muito.. - revirei os olhos. Deslizei para cima do seu colo e trinquei o seu lábio, até o ver sangrar, como uma pequena vingança.

- Oh se não sei... - respondi de volta, sorrindo maliciosamente. Se o objetivo dela era magoar-me, tina-lo conseguido. E ao mesmo tempo excitara-me com aquele pequeno acto de violência... Agora não havia volta a dar. Pus as mãos debaixo do seu vestido.

Chupei o seu lábio ferido e marquei o seu pescoço. As minhas mãos deslizaram para o fecho das suas calças e afastei-as. O mesmo aconteceu com os seus boxers.

Ela estava a mover-se depressa, a fazer as coisas bem. Alguém andava a aprender... O seu vestido subiu para me ar melhor espaço de manobra. Então deslizei um dedo para dentro das suas cuecas, encontrando o seu clitóris e excitando-a.

Contive um gemido e movimentei-me de modo a que lhe desse mais espaço de manobra e que não me sentisse pressionada de certa maneira. Apertei a sua camisola com força e mordi o lábio.