Loungue Spot

Agora já tínhamos a despensa cheia. Dali a pouco chegavam as empregadas para serem entrevistadas.
Fui para dentro de casa tratar de as esperar.

Fui arrumar o meu portátil e depois peguei nos gémeos e segui para dentro. Fiz uma sandes, dei de mamar e coloquei-nos no sofá da sala a brincar.

Aproveitei que os gémeos dormiam depois de terem brincado muito, para me meter a par dos negócios... e meter-me a par do que Celine fazia. Eu tinha um investigador a segui-la.

Ela não era mesmo a rapariga pela qual eu me tinha apaixonado. Nos negócios era dura e implacável , algo que eu até poderia admirar não fosse odiar o facto de ela ser assim.

ainda era cedo quando me levantei. os gémeos ainda dormiam, no entanto, o pequeno Francesco já estava bem acordado no seu berço. Como não vi Enzo no quarto, levei o bebé comigo lá para fora. ficámos à sombra.

Tinha ido com o pequeno almoço até ao quarto mas não encontrei ninguém. Tive de ir procurar pela casa até parar ali com o tabuleiro - Bom dia - Aproximei-me e pousei o tabuleiro numa pequena mesinha.

- Bom dia. - sorri abertamente. Francesco parecia bastante animado, para um bebé que tinha pouquíssimos dias de vida. Pelo menos portara-se bem e não me aleijara tanto, na hora de tomar o leite materno.

- Trouxe o pequeno almoço - Anunciei. Tinha sido o que ela me pedira no hospital e eu nunca lho chegara a dar. - Contactei um médico para vir cá hoje ver como vocês estão.

Agradeci apenas com um aceno e puxei o tabuleiro para o pé de mim. Se fosse Sienna ou Vin, já estaria tudo no chão. - Eu estou óptima. - mesmo assim, um médico nunca era indispensável. Pelo menos, para Francesco. - Comes comigo?

eu quero tanto fazer a minha ideia que lixa a Maya

Assenti e sentei-me a seu lado.
- Deixa-me pegar nele - Pedi, não conseguindo resistir àquele pequeno rapagão. O nosso rapagão.

Passei-lho com todo o cuidado. Eu adorava ver Enzo com os nossos filhos, era sempre uma imagem perfeita. - Acho que devias ter um pouco cuidado, a Sienna é super ciumenta..

Sorri com o que ela disse - Bom, a Sienna não está aqui... - Pisquei-lhe o olho - Ela vai perceber que os amo todos por igual.

Levantei as mãos em sinal de rendição. - Tudo bem, tudo bem. Tu é que sabes. - acabei por me rir. - Vai sim. Mas acho que continuará ciumenta do mesmo jeito.

- Sabes, a Sienna tem a quem sair... - Um pouco aos dois, de verdade.

Abanei a cabeça, concordando com o que ele dizia. - Tiraste-me as palavras da boca. - de facto, todos eles tinham um pouco de nós, o melhor de nós. Beijei a sua face e depois a cabeça do pequeno. - Se bem que ela é uma chantagista do pior e nisso saiu a ti!

- A menina do papá. Assim  é que tem de ser - Pisquei-lhe o olho. Ficámos ali a relaxar em familia, até que mais tarde o médico chegou para ver como eles iam.

Sienna estava mal habituada, mas eu não me importava de todo. Amor nunca era de mais.
Mais tarde o médico apareceu. Não me fez muitos exames, foi algo básico e rápido. Demorou-se mais com o pequeno Francesco, mas aparentemente, o bebé estava de perfeita saúde.

O médico ainda me receitou umas vitaminas. Aproveitei que Francesco dormia tranquilamente para o ir meter no berço. Dentro de pouco tempo os gémeos iriam acordar, fazer uma algazarra e eu ainda queria descansar um pouco. - A Grazie e o Oscar também vão connosco?!

Olhei para ela, pensando naquilo que lhe ia dizer. Abanei a cabeça - Não. A partir de agora vamos ter de nos manter apenas os 5.

- O quê? - Ele não estava à espera que eu concordasse com aquilo, pois não? Não podíamos ficar sem Grazie e Oscar. Eles ajudavam-nos com os bebés e tinham-se tornado mais do que simples empregados, amigos. - Porquê?

- É arriscado, Cel. Precisamos de nos afastar temporariamente de tudo o que envolve Los Angeles. Infelizmente, isso inclui a Grazi e o Oscar - Não lhe saberia explicar - Estamos por nossa conta. Acredita, eu preferiria que assim não fosse.

Não conseguia concordar com aquilo. E de certa forma isso deixou-me irritada. - Isto é tudo culpa tua. - cuspi, sem sequer prestar atenção no que realmente tinha acabado de dizer. Não consegui ficar ali. Tive que voltar para o interior da casa.

O que ela disse feriu-me. Mas era verdade, por isso merecia ouvi-lo. Não fui atrás dela porque sabia que não ia adiantar de nada. A decisão estava tomada. Nós partiriamos sozinhos.