Quarto dos Gémeos

As suas palavras soavam tão bem. Mas ele não me devia dar a liberdade de ficarmos o tempo que quisesse. Quando, eu estava na minha cidade de sonho. Sorri abertamente. - Então vamos despachar-nos. Quero conhecer ainda muitas coisas, hoje.

- Então está bem. Preparamos os gémeos e depois seguimos.
Disse-lhe sorrindo.

Eu estava animada, tão animada que era impossível alguém tirar-me o sorriso enorme que brilhava na minha cara. Preparámos os gémeos e depois fomo-nos vestir.
Quando nos vimos todos prontos, saímos.

Depois de tudo aquilo, os nossos bebés estavam estafados. Adormeceram nos meus braços ainda antes de os colocar no berço. Aconcheguei-os bem, beijei o topo da cabeça de cada um e saí do quarto.

Tinha um fato e um vestido feitos por medida, pro um estilista italiano, apenas para os nossos filhos. Eram lindos e depois de os vestirmos nos bebés, ficaram ainda mais adoraveis.

Vincenzo e Sienna estavam tão, mas tão bonitos. E apesar de se mostrarem um pouco rabugentos, não deixavam de ser adoráveis. - Bem, está tudo pronto? Podemos ir?

- Sim, podemos. A igreja ainda fica a alguns quilómetros daqui.
Cada um levou um dos gémeos até ao carro e seguimos.

Os bebés estavam a dormir serenamente, cada um no seu berço. Observei-os deliciado e orgulhoso.

Sempre que os gémeos dormiam, eu resistia ao impulso de pegar neles. Abracei Enzo com força. - Eles estão cada vez maiores.

- Sim não tarda estão a fazer um ano - Abracei-a também. Estava-me a sentir um pouco nostálgico.

- Sim, pois é. - seria o primeiro ano dos nossos meninos. Muitos anos viriam, tinha a certeza. - Nunca houve gémeos na minha família, portanto só podem ter vindo da tua parte! - fiz uma careta. Só depois me lembrei, que as pessoas a quem dava esse nome, não eram realmente de sangue.

No que dizia respeito a familia, nós partilhávamos laços de sangue. Havia gémeos na familia Ricci - É, há uns quantos pares de gémeos.

- Hum.. Seria terrível se tivessem nascido dois Enzos.. eu iria estar sempre a confundir-me! - tentei não me rir para não acordar os gémeos.

Ri-me baixinho - Estás com sorte, não nasceram. Sou só um, mas chego.

- Pois chegas. - beijei a sua face. E ficava contente que assim fosse. Acho que não aguentaria dois Enzos. Dois homens como aquele, principalmente na época em que nos dávamos super mal.

Apreciei o seu recatado beijo.
- Vamos embora? Deixemo-los dormir em paz.

Agora que ali estava, queria-os levar comigo. Mas era melhor deixá-los sossegados. - Tudo bem, vamos embora. - suspirei e saímos do quarto, de volta para o nosso.

Voltei para casa. Ma cheguei dispensei logo Giuliana. Não queria nada com ela, nem voltaria a querer agora que sabia que Celine não estava morta. Precisava era de estar com os meus filhos. Não acreditava ainda no que Cel fizera.

No dia seguinte o meu advogado apareceu e revelou-me que falara com o advogado de Celine. Mandei-o ir dar uma curva. Ela não tinha direito nenhum depois de os abandonar durante dois meses. Direito nenhum!