Sala Escura

Eu tinha estado muito relaxado no exterior quando recebera uma chamada. Um dos Bloods tentara forçar a sua entrada na minha propriedade. E a minha politica era, se entrava não saía com vida. Os meus capangas trouxeram-no para a minha sala favorita, a sala escura. Ordenei que ia ficar sozinho com o pobre idiota que estava agora algemado a uma parede. E o interrogatório começava agora, com um bocadinho de tortura à mistura... oh sim, ia ser divertido.

Estava a acabar de sair da cozinha, toda satisfeita, quando ouvi uns certos barulhos. Quando dei pelo que se passava, curiosa, dirigi-me até à sala onde tinha levado o rapaz e fiquei de orelha colada à porta. Felizmente, não estava ali ninguém, o que me facilitava imenso, puder ouvir.

Agarrei o homem pelo pescoço, fitando-o com os meus gélidos olhos azuis - não te pergunto outra vez, quem te mandou e porquê! - exigi saber. Os meus olhos prometiam as maiores torturas e talvez por isso o homem tenha repensado.
Contrariados e entre dentes cerrados, respondeu - matar a tua puta e a ti cabrão. o prémio é alto, vale a pena. - sibilou.
Apertei com mais força o pescoço dele, subitamente em fúria plena.

Olhei pelo buraco da fechadura. Porra, não se via grande coisa, dado que estava tudo muito escuro, mas ouvir, ouvia-se bem. E as palavras daquele indivíduo, faziam-me pensar. Não acreditava que ele, fosse estúpido o suficiente, para vir sozinho. Algo não batia certo. Foi quando dei por mim, a ser puxada e encurralada. Taparam-me a boca, antes de poder gritar o que quer que fosse.

Acabei por estrangular o dito cujo, ficando a ver a vida esvair-se do seu olhar. Satisfeito mas furioso, lavei as mãos e saí da sala. A sensação de que algo de errado se passava continuou a perseguir-me.

Saí do escritório diretamente para ali. Era naquela sala que tinha o meu arsenal de armas escondidas e bem protegidas, apenas ao meu alcance. Já me tinha vestido e ali tomei as últimas precauções. Ia sair de casa, decidira estar na frente dos confrontos. Ia vingar-me pelas minhas próprias mãos.

Entretanto, acabei por ir à procura de Enzo. Precisava de lhe pedir uma coisa em questão. Foi-me dito que ele estava naquela sala, em que torturara o rapaz dos bloods. Dirigi-me até ela e bati à porta antes de entrar.

- Entre - disse, enquanto carregava uma das minhas beretta's.
Olhei para a porta e vi Celine entrar.

Mão estava nada à espera de ver aquilo. Encostei-me à porta e encolhi os ombros. - Só te vinha perguntar uma coisa. Mas já vi que estás ocupado.

- Exactamente - respondi friamente. Escondi a arma e fui buscar duas facas, escondendo.as também. - mas qual é a pergunta?

Apesar de ele tentar esconder, eu conseguia muito bem, ver as armas. - Ham.. só queria perguntar se.. - cocei o couro cabeludo. - Se posso ir passar o Natal com a minha família.

Desviei a minha atenção de volta para ela. A resposta saiu-me automática - Não - Ela fizera-me decorar a minha sala e agora queria ir-se embora? Para além disso estaria mais segura comigo.

Já devia estar à espera daquela resposta. Nem sabia porque ainda tinha perguntado. Revirei os olhos. - Eu odeio-te. - e saí dali para fora.

- Fantástico - disse e revirei os olhos.
Minutos depois saí da sala e saí de casa.

No dia seguinte estava mais calmo. Depois de uma longa reflexão, decidi não me importar mais. Era assim que era antes de conhecer Celine, era assim que voltaria a ser. Voltei ao activo no gang e nada melhor do que uns "alertas" logo pela manhã, para me divertir um bocado.
Limpei o sangue das minhas mãos e mandei os meus homens tirarem dali o quase moribundo que sofrera Às minhas mãos.