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Ghetto Basketball Court
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Re: Ghetto Basketball Court
O meu dia de folga estava a ir pelo cano abaixo. Precisava de encontrar qualquer coisa para fazer. E de preferência, algo que não tivesse a ver com droga. Caminhei tanto, que quando dei por mim, estava no campo de basket. Fui alugar uma bola, a um senhor idoso e depois pus-me a tentar marcar cestos. Isto de estar num campo sozinha, tinha a sua piada. Pelo menos, podia errar tudo sem que ninguém me gozasse.
Alessandra Wagner- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
O meu dia estava a ser demasiado aborrecido pois hoje não tinha nada combinado com ninguém, nem alguém interessado em comprar-me o que quer que fosse. Nada de nada. Decidi ir até ao campo de basket e franzi a testa ao aperceber-me que estava lá uma rapariga a jogar, ou a tentar jogar. As suas tentativas de acertar no cesto estavam a ser um pouco falhadas o que me fez rir baixinho. Caminhei até chegar perto dela e agarrei na sua bola quando esta caiu no chão. - Precisas de ajuda? - perguntei olhando-a.
Luke Jones- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
E para completar o meu dia não, tinha que aparecer um idiota qualquer. E o pior era que ele tinha notado, que eu estava a errar todos os cestos que tentava. Só a mesmo a minha sina! Se eu não tivesse tão habituada a cenas embaraçosas, tinha corado ou fugido dali a sete pés. - Não obrigado, só preciso da bola de volta. - tentei não sorrir cinicamente. Os sorrisos cínicos eram mesmo a minha especialidade.
Alessandra Wagner- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
Franzi a testa não só devido à sua resposta mas também ao notar o tom da sua voz, não parecia nada agradada por eu ter aparecido ali e ter interrompido. Rodei a bola na minha mão. - Não me convidas para jogar contigo? - perguntei, um pouco com a intenção de a provocar. - É mais interessante com companhia e além disso acho que precisas de umas "aulinhas". - pisquei-lhe o olho e de seguida atirei a bola para o cesto fazendo-a entrar com toda a facilidade.
Luke Jones- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
Revirei os olhos. Não podia acreditar que ele era mesmo um idiota, tal como eu pensava. E parecia ser um convencido, também. Mas isso, quase a maioria dos rapazes eram. - Estás com azar que eu hoje estou anti-social. - observei a bola a entrar no cesto. Não perdia tempo para se exibir. - E acho que ninguém te pediu opinião, por isso, podes dar meia volta e ir alugar uma bola. O campo também é grande o suficiente.
Alessandra Wagner- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
Apanhei a bola antes de esta cair no chão e olhei novamente para a rapariga. - Ui que pena, é só hoje que estás anti-social? - perguntei num tom um pouco cinico. Atirei de novo a bola, ignorando assim o que ela me tinha dito. - Devias aprender a partilhar sabes? - perguntei ainda no mesmo tom de voz. Estava mesmo a ser antipática comigo, a minha sorte era que eu também não era a pessoa mais simpática do mundo, por isso iria pagar na mesma moeda.
Luke Jones- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
Podia ser um zero à esquerda no que tocasse ao basket, mas para a luta, até me dava bem. E não me importava se ele era rapaz e mais forte, ou não. Mesmo que apanhasse, ele também não sairia ileso. - Para teu azar, estou quase sempre. - assim que ele voltou a lançar a bola e esta caiu ao chão, aproximei-me e dei-lhe um empurrão. Apanhei a bola e afastei-me. - Partilhar não consta no meu dicionário. Pelo menos, hoje não consta. - e se fosse para partilhar algo com ele, é que não constava mesmo.
Alessandra Wagner- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
- Para meu azar? - dei uma pequena gargalhada. - A mim é-me completamente indiferente. - retorqui com um encolher de ombros. Dei uns passos para trás quando me deu um empurrão e semicerrei os olhos. - Vais partir para a violência? - olhei-a a pegar na bola assim que esta caiu e fitei-a. - É feio não partilhar. - comentei provocadoramente. - E não me metes medo, se é isso que estás a pretender.
Luke Jones- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
Se lhe era completamente indiferente então que se fosse embora, ou que fosse chatear outra pessoa que não eu. - Só vou partir para a violência, se for necessário. - revirei os olhos. E nem era muito de andar à pancada. Como lhe dissera, só mesmo se fosse necessário. - Então deixa ser porra! - olhei-o. - Não te conheço, logo, não tenho que partilhar nada contigo. Percebeste ou preferes que te faça um desenho? - atirei-lhe a bola, um passo de peito.
Alessandra Wagner- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
Ri-me, ela devia mesmo pensar que iria bater-me ou algo do género. Uma rapariga a dar-me porrada? Tentei não desatar a rir-me às gargalhadas na sua cara só de imaginar aquela cena. - Que afetadinha e irritada que estás a ficar. - provoquei e rapidamente agarrei a bola quando ela a atirou para mim. - Queres jogar é? - perguntei num tom desafiador para a irritar.
Luke Jones- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
Tinha uma resposta à altura, mas preferi ficar calada. Sim, eu tinha ficado afectada, mas não era um puto, como ele, que me ia estragar o dia, mais do que já estava. - Não, eu apenas gosto de doar bolas de basket a carenciados. - Fiz um belo sorriso cínico e cruzei os braços ao peito. Pensando bem, porque não jogar? Não sabia nada de basket e sempre fora um desporto que me intrigou, de certo modo. Podia até aprender alguma coisa.
Alessandra Wagner- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
Olhei em volta fazendo um ar de desentendido. - Onde está esse carenciado? - perguntei olhando agora para ela e retribuindo aquele sorriso cinico que ela tinha feito para mim. Brinquei com a bola nas minhas mãos. - Então? Jogas ou não? - perguntei. Sabia que iria ganhar-lhe facilmente pois já tinha entendido que ela não era lá muito boa no basket, no entanto sempre dava para me divertir um pouco às custas dela.
Luke Jones- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
Aproximei-me dele e toquei com a ponta do meu indicador, no seu peito. - O carenciado está mesmo aqui. Tu. - ri-me. Afastei-me novamente e encolhi os ombros. Não tinha nada melhor que fazer, porque não? - Está bem. Eu vou perder mesmo, por isso, que se lixe. - e não dizia aquilo porque era má perdedora, porque no que tocava àquilo, nem era muito.
Alessandra Wagner- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
Segui o seu dedo com o olhar. - Acho que estás a confundir-me com alguém então. - encolhi os ombros. Sorri quando por fim ela disse que jogava e rapidamente atirei a bola para ela. - Ainda não começamos e já estás a dizer que vais perder? - ri-me. - Que grande falta de confiança. - mordi o lábio.
Luke Jones- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
Abanei a cabeça, negativamente. Não o estava a confundir ninguém. Recebi a bola e segurei-a firmemente. Aquilo ainda ia dar merda, mas não me importei. Não fazia mal distrair-me de vez em quando. Pelo menos, não o estava a fazer com drogas. - Não é falta de confiança. - encolhi os ombros. - É a realidade. Sou realista, entendes? - virei-me para o cesto. E também uma grande zarolha.
Alessandra Wagner- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
Ri-me quando ela conseguiu segurar a bola pois não estava à espera que ela conseguisse. - Isso é bom então. E é também bom que admitas que és má nalguma coisa em vez de te andares a exibir ou assim. - constatei seguindo-a com o olhar ao vê-la preparar-se para atirar a bola. Cruzei os braços ao peito e aguardei que ela fizesse a jogada, até que estava curioso para ver como se iria sair.
- Spoiler:
- Tenho de ir embora, até amanhã.
Luke Jones- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
O problema é que eu era má em muitas coisas. E quando dizia muitas, eram mesmo muitas. Encolhi os ombros. Apesar de ter os meus momentos e às vezes até ser meio convencida, não era pessoa de me exibir. Se sabia, sabia. Não ia inventar. Aliás, eu odiava pessoas que inventavam. Que mentiam e que eram falsas. Irritava tanto. - Exibir-me de algo que não sei fazer, seria um bocado estúpido. - fechei um olho e tentei acertar no cesto. Escusado será dizer, que errei. Nem lá perto estive. Resmunguei.
- Spoiler:
- até amanhã
Alessandra Wagner- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
- Pois seria, mas há muitas pessoas que fazem isso. - encolhi os ombros, era verdade aquilo e já tinha conhecido bastantes pessoas assim. Raramente queriam deixar transparecer os seus defeitos e tentavam mostrar-se perfeitas em tudo apesar de estarem muito longe disso. - Boa. - dei uma gargalhada quando ela falhou tal como eu já estava à espera e segurei eu na bola antes que esta caísse ao chão. - Precisas mesmo que alguém te ensine. - retorqui posicionando-me e atirei a bola fazendo-a entrar no cesto. Eu era bom em vários desportos se bem que o basket era dos meus preferidos. Quando não tinha nada de interessante para fazer ou quando precisava de descontrair um bocado a maior parte das vezes dedicava-me a este desporto. Sendo que assim tinha bastante prática no mesmo e raramente falhava um cesto, isso só acabava por acontecer quando não estava lá muito bem.
Luke Jones- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
- Fazem, mas eu não me encaixo nesse tipo de pessoas. - não ganhava nada em ser exibidora. Só inveja, egoísmo e inimigos e coisas dessas, já me bastavam tê-las no gangue. - Não tem graça! - revirei os olhos. Não gostava nada quando uma pessoa se começava a rir, por uma outra não saber fazer uma coisa e neste caso, mais preciso, por eu não saber ou ter capacidades suficientes, para acertar no cesto. Isso deixa-me mesmo fula! Olhei novamente para ele e segundos depois a bola que atirou, entrou no cesto. Ok, além de um idiota convencido e exibicionista, era bom. Encolhi os ombros. E ele tinha razão, no que tocava a eu precisar de alguém, mas sabia que não tinha paciência para pedir que me ajudassem. O mais certo era morrer sem saber jogar basket.
Alessandra Wagner- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
- Ainda bem. - disse olhando para ela e peguei na bola atirando-a de novo para ela para o caso de querer tentar mais uma jogada. - Tem sim. - provoquei, apenas me ria e tudo isso para a provocar e chatear tal como ela estava a tentar chatear-me a mim. Era um passatempo divertido, irritar os outros. - Vai correr bem agora. - disse em tom de gozo.
Luke Jones- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
- Não tem nada! - Olhei-o, não escondendo o facto de estar a começar a ficar irritada. Recebi novamente a bola e virei-me para o cesto. Como sempre, fechei um olho e atirei a bola. Para meu espanto, esta começou a rodar pelo cesto e quando tive realmente esperanças, que entrava, caiu para o lado. - Basket não é mesmo o meu forte.
Alessandra Wagner- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
Olhei-a também e ri-me baixinho agradado pelo facto de estar a conseguir irritá-la, aquilo divertia-me. Concentrei a minha atenção depois no cesto quando ela atirou a bola, e quando pensava que ela ia ter sorte a bola acabou por cair no chão. Abanei a cabeça com o que ela disse e olhei para a bola a rolar pelo chão. - Qual é o teu forte então? - perguntei com curiosidade na voz.
Luke Jones- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
Essa questão levava-me a pensar. E chegava a conclusão que o meu forte não era e quase nada. Talvez consumir, traficar, sexo e ser anti-social fossem algo do meu forte. Não eram grande coisa, mas era o que se arranjava. Fui buscar a bola, quando se afastou de nós. - Não sei. Talvez algo que não envolva o basket e desportos do tipo? - as minhas sobrancelhas levantaram-se.
Alessandra Wagner- Traficante
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Re: Ghetto Basketball Court
Assenti com a cabeça ao que ela disse, já percebia que desporto não era o seu forte, ou pelo menos o basket visto ser o único desporto que eu a tinha visto tentar praticar. - Dá um exemplo de alguma coisa. - perguntei olhando a bola agora nas suas mãos. Aproximei-me dela e com facilidade tirei-lhe a bola e atirei-a de novo para o cesto.
Luke Jones- Traficante
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