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Jardim
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Gangsters LA :: Sydney :: Mansão Ricci
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Re: Jardim
Grazi já estava à nossa espera quando chegámos. Saí do carro e abracei-a com força. Aquela velha italiana tinha-se tornado num grande apoio. Não sabia o que fazer se algum dia ficasse sem ela.
Aproveitei que os pequenos estavam na guarda dos empregados para relaxar um pouco. Tomei um banho, vesti uma camisa que antes pertencera a Enzo e fiquei-me pelo jardim a beber uma taça de vinho. Olhei para a tela que permanecia seca no cavalete e suspirei. Mais um retrato de Enzo. - Sinto tantas saudades tuas, meu amor. - murmurei e limpei uma lágrima solitária.
Aproveitei que os pequenos estavam na guarda dos empregados para relaxar um pouco. Tomei um banho, vesti uma camisa que antes pertencera a Enzo e fiquei-me pelo jardim a beber uma taça de vinho. Olhei para a tela que permanecia seca no cavalete e suspirei. Mais um retrato de Enzo. - Sinto tantas saudades tuas, meu amor. - murmurei e limpei uma lágrima solitária.
Re: Jardim
Durante aquela semana saí pouco de casa. Estava focada nos negócios, precisava de eliminar certas pessoas que faziam questão em se meterem no meu caminho. Estava a contar com Michel para tratar disso.
Naquela noite iria haver um leilão de peças valiosas. A maioria tinha sido recuperada no mercado negro. Não tinha muita vontade para ir, era bem provável mandar alguém por mim, mas Grazi convenceu-me que eu precisava de distracção. Ela cuidaria das crianças. E aqui estou eu, pronta a sair de casa, vestida a rigor e com uma máscara que escondia parte do meu rosto.
Naquela noite iria haver um leilão de peças valiosas. A maioria tinha sido recuperada no mercado negro. Não tinha muita vontade para ir, era bem provável mandar alguém por mim, mas Grazi convenceu-me que eu precisava de distracção. Ela cuidaria das crianças. E aqui estou eu, pronta a sair de casa, vestida a rigor e com uma máscara que escondia parte do meu rosto.
Re: Jardim
Fui encontrar Grazi no jardim, tendo ela informado que já tinha deixado a pequena Sienna de volta com a mãe. Melhor assim pois eu queria falar com ela a sós. E assim foi. Não perguntei muito, porque não queria perguntas também. Mas perguntei o suficiente. - Diz-me, Grazie...alguma vez disse que a amei? - Referia-me a Celine claro. O olhar da italiana brilhou - Eras louco por ela, Enzo. Nem o teu coração o conseguia esconder - Eu não era pessoa para amar ninguém. Eu era um cabrão masoquista. Não me imaginava a ser carinhoso para com nenhuma mulher.
Que confusão. Grazi foi para dentro assim que ouviu alguma coisa mas eu fiquei-me no jardim. Por momentos fechei os olhos. Estava um calor dos diabos. Tirei a minha camisola que estava todo suada da corrida.
Re: Jardim
Deixei as roupas de Enzo no quarto de hóspedes e segui até ao meu pequeno refúgio. Havia uma porta que dava acesso a uma parte traseira da casa. Era uma pequena oficina de arte que eu tinha por ali. Havia de tudo, desde tintas, gesso, barro.. De vez em quando, ainda levava os gémeos àquele sítios e deixava-os divertirem-se com o barro. As horas passaram comigo trancada ali.
Re: Jardim
Voltei para dentro da casa. Fui ao encontro da casa de banho que Celine mandara preparar. Soube bastante bem. Depois vesti-me e reconheci, sem dúvida alguma, de que aquelas peças deviam ser roupas minhas. Saí um homem novo e procurei por Celine. Grazi indico-me que procurasse num anexo da casa. Encaminhei-me para lá. Apareci à porta silenciosamente. Encontrei-a concentrada num quadro. Fiquei a observá-la.
Re: Jardim
Falsificar um quadro tinha todo um processo difícil. Estava a terminar um trabalho antigo, quando notei numa outra presença. Assustei-me quando vi Enzo. - O que fazes aqui? - perguntei de forma atrapalhada. Apressei-me a tapar todos os quadros que fizera seus. Não queria que ele achasse que eu era uma lunática e era no mínimo constrangedor.
Re: Jardim
- Vim à tua procura. Disseram-me que estavas aqui.
Era óbvio. Entrei no anexo. Percebia-se que era um canto de artista. Olhei para Celine e memórias vieram-me à cabeça. Imagens. Coisas com as quais eu sonhava frequentemente. Ela na minha cama, ela por baixo de mim...
Era óbvio. Entrei no anexo. Percebia-se que era um canto de artista. Olhei para Celine e memórias vieram-me à cabeça. Imagens. Coisas com as quais eu sonhava frequentemente. Ela na minha cama, ela por baixo de mim...
Re: Jardim
- Hum.. precisas de alguma coisa? - Apanhei um pequeno pano e limpei os pincéis. Com Enzo ali era um pouco difícil de me concentrar e acabar o quadro. Olhei-o nos olhos e reparei nas suas roupas trocadas. Por momentos sorri. - Ainda te serve..
Re: Jardim
- Queria que falássemos - Respondi.
Vi como ela olhava. Ela via um homem que já não existia. - Estão-me um pouco largas, mas bom... - Eu perdera bastante peso durante o coma e ainda não conseguira voltar à minha antiga forma.
Vi como ela olhava. Ela via um homem que já não existia. - Estão-me um pouco largas, mas bom... - Eu perdera bastante peso durante o coma e ainda não conseguira voltar à minha antiga forma.
Re: Jardim
Não sabia ao certo do que esperar daquela conversa. Apontei para um banco ao seu lado e sentei-me no que estava à minha frente. - Então? - mais uma vez, olhei-o. - Largas? Com os cozinhados da Grazi acho que isso se resolve!
Re: Jardim
Acabei por me ir sentar no banco que ela indicara. - É, talvez..- disse em resposta ao seu comentário. - Não concluímos a nossa conversa no parque. Preciso de saber se o nosso negócio ainda se mantém de pé.
Re: Jardim
- Negócio? - Depois de tudo ele ainda se importava com o estúpido negócio? Suspirei, tentando controlar as emoções. - Não vejo mais o porquê de falsificar o kandinsky.
Re: Jardim
- O que e que te motivava antes? Nada mudou em relaçao a isso - retorqui. Eu continuava a precisar do quadro. Ia continuar com o meu plano de vingança.
Re: Jardim
- Antes eu não sabia que o meu cliente eras tu. - revirei os olhos. Tudo mudara depois daquela descoberta. - E depois, para que é que queres tanto o quadro?
Re: Jardim
Que nervos ela ser picuinhas em relação a isto. Eu já não era o "eu" que ela se lembrava. Continuava a ser um cliente, apenas. O Enzo que alegadamente a amara, já não estava aqui. - Pensei que isto era um negócio sem questões - Revirei os olhos, mas decidi explicar-lhe - Vai ser o meu passaporte de entrada nos negócios clandestinos de Los Angeles. Está na hora de lixar aqueles cabrões da mesma forma que eles me lixaram a mim - O meu tom estava carregado de raiva e promessa de vingança.
Re: Jardim
Então era tudo uma questão de vingança. Eu compreendia-o e muito, mas não o podia deixar fazer aquilo. - Tu não vais fazer nada disso. - o meu ar era sério, rígido. - Não vou cometer o mesmo erro duas vezes e deixar-te voltar para LA. Além do mais, mesmo sendo um fantasma, ainda há o risco de seres descoberto. Os nossos filhos precisam de um pai e neste momento devias concentrar-te apenas nisso. - levantei-me. - Se tentares alguma coisa nas minhas costas, dou cabo dos teus planos. Não vou prejudicar as crianças só para te ajudar.
Re: Jardim
A conversa dela era tão idiota que me deu vontade de rir. Mas nãoo fiz. Ao inves, o meu semblante ficou sério, como se não achasse piada nenhuma. - Não te vais meter em coisa nenhuma - Avisei - Não sou a mesma pessoa que conheceste. Não me recordo dos meus filhos, caraças. Como achas que consigo ser um pai para eles? Não sei como o fazer. Não seria um bom pai, não o que eles merecem - Fiz notar. Algo a conversa interessou-me - Sabes o que aconteceu naquela altura? Porquê que eu estava a voltar para Los Angeles? - Eu nunca conseguira entender muito bem em como se passara toda a minha tentativa de assassinado. Não havia ninguém que me pudesse dar respostas.
Re: Jardim
Não podia fazer mais nada senão rir. Nunca ouvira algo tão ridículo em toda a minha vida. - Como é que eu acho? Simples, eu sei que és um bom pai, porque um dia já o foste. E ser pai é algo que se aprende, convivendo com eles, estando com eles. - Não ia permitir que ele se afastasse das crianças por uma estúpida vingança. Cruzei os braços ao peito. - Eu e a tua irmã fomos atacadas. Eu estava grávida do Francesco na altura. Depois que ele nasceu, fomos novamente atacados e acabámos por fugir para Santa Barbara. O gangue tinha-se revoltado e voltaste a LA para resolver as coisas. Mas segundo o Michel, foste cercado e acabaste por morrer.
Re: Jardim
Ela estava agarrar-se à esperança de que eu voltasse a ser o mesmo homem que ela conhecera, mas não era assim. - E se não for assim? - As revelações do dia de hoje não tinham estado nos meus planos. Eu não sabia honestamente o que fazer.
Aquela explicação era plausível. Mas como pudera ser que eu me tivesse deixado cercar daquela maneira? - Desta vez não irá acontecer o mesmo. Eles não vão estar à espera. Tenho de recuperar o meu próprio gang.
Re: Jardim
- O que te leva a pensar que não irá ser assim? - revirei os olhos. Caramba, mesmo que ele não se lembrasse, os gémeos e Francesco não deixavam de ser seus filhos. - Como podes ter tanta certeza que não vais ser um bom pai? Eles são apenas crianças, não uma cambada de adolescentes dramáticos. - encolhi os ombros. - Quem te garante isso? O Tom disse que depois de teres morrido que o gangue se dividiu ainda mais. Os crips morreram no dia em que tu morreste.
Re: Jardim
Tudo me levava a pensar assim - Olha em que ponto da minha vida estou. Pareço-te alguém, ainda que remotamente, com perfil para ser um pai? - Não fazia sentido algum.- O Tom? - Questionei.
Eu já tinha ouvido rumores daqueles - Mas é o meu gang. É a minha herança. O meu legado. Os Crips não podem deixar de existir.
Eu já tinha ouvido rumores daqueles - Mas é o meu gang. É a minha herança. O meu legado. Os Crips não podem deixar de existir.
Re: Jardim
- Podes pensar o que não és capaz, mas és. Tu já foste um bom pai Enzo. - revirei os olhos. - Sim, o Tom, o meu irmão, líder dos MS-13. - Talvez não tivesse sido boa ideia ter dito aquilo. Encolhi os ombros. - É por causa desse legado que estás assim. Que rica herança não é?!
Re: Jardim
Isso pareciam tempos de há imensos anos atrás. Embora fossem apenas três anos, supunha.
A declaração dela fez-me levantar da cadeira - O quê? - Aquilo não me podia ter deixado mais surpreendido...mas ao tempo tempo indignado. Como é que eu me enrolara com a irmã do lider dos MS-13?
- Pois é a única que tenho. Não tenho nada além disto. Foi o que a minha familia me passou.
A declaração dela fez-me levantar da cadeira - O quê? - Aquilo não me podia ter deixado mais surpreendido...mas ao tempo tempo indignado. Como é que eu me enrolara com a irmã do lider dos MS-13?
- Pois é a única que tenho. Não tenho nada além disto. Foi o que a minha familia me passou.
Re: Jardim
- É isso que ouviste. Mas acho que essa conversa fica para outro dia. - temia que aquilo fosse demasiada informação para sua cabeça. Quer dizer, era preferível contar-lhe tudo, do que em partes. Fiz uma careta e acabei por me levantar também. Apanhei novamente um pincel. - Tens os teus filhos. Eles agora são a tua família e tens-me a mim e à Grazi.
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