Jardim

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Não tinha visto muito Enzo, mas fazia de tudo para estar um pouco que fosse com os gémeos. Nós continuávamos casados, a notícia já se tinha espalhado. Isso podia ser um problema.
Naquele dia tinha acordado cedo. Eram quase oito da manhã quando me levantei da cama. Vesti uns calçõess, um top e calcei uns tenis. Ia correr com Georg. Estava a tentar arranjar um novo passatempo.
Demos a volta toda a um parque bem conhecido e agora estávamos a voltar para casa.
- Espera por mim! - resmunguei. Estava mais do que cansadada. Como é que ele podia aguentar fazer aquele percurso todos os dias?
- Mexe-me esse rabo! - ele gritou. Revirei os olhos e apressei-me a alcançá-lo. Foi aí que senti uma tontura e tive que me apoiar nele. - Cel? Estás bem? - abanei a cabeca.
- Isto já passa.
- Andas assim desde que chegaste da viagem. Acho melhor irmos a um hospital.- fiz uma careta. Não queria perder tempo com hospitais. Aquilo era só cansaço.
- Eu estou bem. Prometo que se continuar assim, que vou ao hospital. - era só para o calar. Bebi um pouco de água e depressa entrámos pelo jardim.

Na noite seguinte há hora combinada, eu estava no portão da casa dela, informando pela intercomunicador de que esperava Celine.

Eu estava pronta. Tinha optado por algo não muito chamativo, mas sim elegante. Não queria parecer mais velha, mas também não queria estar semelhante a uma adolescente. Saí de casa, assim que avisaram que Enzo já estava à minha espera.

Eu fiquei de boca aberta quando a vi. Estava linda. Por segundos recordei como ela era quando nos tínhamos conhecido, há dois anos atrás, e como era agora. Era uma mulher fabulosa.
- Boa noite - Tive que aclarar a garganta para o dizer.

- Boa noite Enzo.. - sorri. Nós formávamos um belo par, ambos vestidos ao mesmo nível. - Vais ter que me desculpar se tiver que andar mais devagar. Os saltos são novos e ainda não me acostumei a eles. - a minha intenção era provocá-lo. - Vamos?

Os saltos. Ela sabia que me ia deixar louco com aquilo. Ia passar o jantar todo em como seria giro ter sexo com ela calçada naqueles saltos.
- Hum, sim claro, vamos...
E fomos.

Saímos de minha casa e levei-a, com insistência minha, até à porta. Só depois de a ver entrar é que me ia embora, muito embora também me apetecesse entrar e ir dar um beijo de boas noites aos gémeos. 
Parámos à frente da sua porta.

Georgini ficara a tomar conta dos gémeos. Confiava nele e nas suas capacidades de ex-militar para os proteger. Abri a porta de casa e fiz sinal para ele entrar. Estava tudo às escuras. - Podes ir vê-los.. - murmurei.

Não disse nada. Agradeci com um aceno de cabeça. Entrei dentro da casa dela, a qual ainda não conhecia muito bem, mas sabia o caminho para o quarto dos gémeos e assim o fiz.