The Golden State Restaurant

Entrámos naquela restaurante, que tinha uma excelente secção de bar mais privada. Foi para para lá que indiquei o caminho.

Segui sempre atrás dele, tomando atenção às pessoas e ao que nos estava ao redor. Sentei-me junto ao bar e pedi um sumo de laranja natural. - Então.. o que é que me queres pedir? - sim, porque não o imaginava a convidar-me para um copo, sem ser por interesse.

Eu pedi uma bebida alcoólica, que contrastava completamente com o sue simples sumo de laranja. Sorri por ela não ser idiota ao ponto de pensar que eu não estava ali por interesse - tenho uma certa proposta, sim. 

Então as minhas desconfianças estavam certas: havia um interesse, naquilo tudo. Já seria de esperar. - Uma proposta? - ergui o sobrolho. Agora ficara mesmo curiosa. - Que tipo de proposta? E que proposta?

Fitei-a, observando a sua expressão e estudando-a. Ia propor algo impensável mas ao que parecia era a minha única alternativa. - uma espécie de contrato - comecei.

Bebi um pouco do meu sumo. Estava atenta à sua proposta. Passavam-me imensas coisas pela cabeça.. - Uma espécie de contrato. Tens que ser mais claro.

- um contrato com duração de nove meses - assim ela já adivinhava. Observei-a, à espera da sua reacção.

Não foi preciso muito mais, para adivinhar do que aquilo se tratava. Tinha que admitir, que nunca me passaria tal coisa, pela cabeça. Nem sabia o que dizer.. - Estás a gozar? - estava algo surpreendida. - O que te passou pela cabeça, para fazeres uma proposta dessas? Logo a mim..

- Nunca estou a gozar, querida - respondi, bebendo um trago da minha bebida - Ora, se já engravidaste de mim uma vez, com certeza és viável para uma segunda vez. 

Não revirei os olhos, mas vontade não me faltou. Não me via a carregar um filho dele, além do mais, eu nem queria filhos. - Eu não quero filhos. - ainda por cima, dele. Acabei rapidamente com o meu sumo.

- Não seria teu filho. Serias apenas a dadora do óvulo e a barriga de aluguer - Disse em resposta.

- Isso era quase como ser meu. - revirei os olhos. Mas se não iria ter responsabilidades nenhumas, por aquela criança.. hum.. não havia mal nenhum.. - Se eu aceitar.. sabes que vou ter certas exigências, certo?

- Mas não seria, não tinhas obrigações nenhumas depois de ele nascer - E disso eu certificar-me-ia. - Não esperava outra coisa. 

E a última coisa que desejava, era ter obrigações com um filho que nem queria. - Eu vou aceitar mas.. - havia sempre um mas.. - Eu não quero que sejas daqueles tipos, super protectores, que não posso dar um passo, que aparecem logo centenas e centenas de gorilas atrás de mim. Nem quero que o meu irmão saiba disto. - quando soubesse, seria por mim.

Espantava-me que ela aceitasse aquilo tão rapidamente - Somente estipulo que vivas em minha casa durante esse período de tempo. Terás sigilo e a  privacidade que queres, o teu irmão não descobrirá - nem mais ninguém. - Mas vais ter de ter cuidado, quer queiras ou não. 

Mas aquilo mudava tudo. Passar nove meses em sua casa.. não que me incomodasse, mas.. - Sendo assim, quero um espaço só para mim e para as minhas coisas. - e nisto referia-me aos meus trabalhos.

- terás todo o espaço que precisares - ela já sabia que  a minha casa era grande. - estás mesmo a concordar com tudo? se assim for podemos começar a tomar providências. 

- Eu disse-te que aceito. - suspirei. Só não sabia se aquilo era algo correcto, ou se eu iria aguentar aquela situação. Afinal, nunca tinha passado por uma experiência daquelas. - Que tipo de providências?

- só precisava de uma afirmação final - disse.
- É preciso acertar pormenores, afinal de contas. Encontramos-nos amanhã, para as discutirmos. - dito isto levantei-me.

- Como queiras. - levantei-me logo a seguir a ele. Agora precisava de me mentalizar, no viria por aí adiante. Depois de sair dali, segui até ao meu local de encontro.

encerrado.

Era apenas um jantar de negócios. Anthony podia ter sido um estupor e um idiota, mas sabia ter alguns negócios de jeito. Pena era dar prioridade aos que não o levavam a lado nenhum. Ele podia ser rico, sem precisar de se meter em trabalhos demasiado sujos.

Trocas e baldrocas levaram-me até aquele restaurante da cidade. Tinha como minha companhia dois amigos dos negócios e algumas acompanhantes.

Até ali eu ia encontrar Enzo. Tentei ignorá-lo e dar atenção à conversa que fluía na mesa. A comida estava maravilhosa, havia um bom ambiente, só era pena ter que encntrar aquele italiano e ainda por cima com uma data de mulheres atrás.

Los Angeles era uma cidade enorme  e no entanto estava sempre a esbarrar com Celine. Ignorei-a o tempo todo. Ou pelo menos tentei. Houve alturas em que me apanhava a fitá-la.