Quarto de Hóspedes

- É nisto que dá seres uma miúda com mau feitio - Consequências eram consequências. Isto seria a minha doce vingança pessoal. Não era à toa que as pessoas me chamavam O Frio. Celine ia perceber porquê. Posicionei-me perto do seu corpo e olhei-a friamente, com um sorriso malicioso na cara.

- Vai para a merda! - empurrei-o para longe do meu corpo e atirei-lhe com uma almofada. No que dependesse de mim, eu ia fazer tudo para que ele não me tocasse daquela maneira. Nojento..

- É o mundo onde estamos, Celine - respondi.lhe, divertido com a sua tentativa fracassada de me afastar. Quanto mais ela lutava para me contraria, mais excitado eu ficava. 
A minha mão aterrou na sua barriga e desceu até às suas cuecas, rasgando-as rudemente.

Afastei a sua mão, mal ele me rasgou as cuecas e voltei a afastar-me do seu corpo. - Pára quieto! - Se não fossem aquelas malditas correntes, tinha conseguido afastar-me muito mais e quem sabe, até sair da cama. Defender-me..

Por norma não gostava das gajas imóveis. Mas desta vez queria lá saber disso. Apertei mais as correntes, dando-lhe pouquíssimo espaço de manobra para se mexer.
Deslizei as mãos sob o seu abdómen até cegar aos seus seios. Arranquei-lhe o soutien à força.

Semi cerrei os meus olhos e gemi de dor, quando as correntes foram apertadas. Quanto mais me mexia e tentava-me soltar das suas garras, mais os meus pulsos doíam. - Pára, pára!

Eu deleitava-me com a sua dor. Já nem me interessava que ela fosse apenas uma pita de vinte e um anos... - Parar? Essa palavra não existe para mim - respondi, mostrando-lhe um sorriso rigido. Apertei os seus seios com força.

Apesar das dores que sofria, não desisti de me remexer com força. Quando me tocou nos seios, cerrei o maxilar. As lágrimas vieram-me aos olhos. O seu toque era tão horrível, horrível e mais horrível..

Esbocei um sorriso perverso quando lhe vieram lágrimas aos olhos - Então querida? - Gozei sarcásticamente. - Não chores. Estava vai ser uma vez para recordar. A primeira vez é sempre assim. 

- Larga-me! - gritei. Com os meus braços tentei afastá-lo. O meu cotovelo prendeu-se ao seu pescoço e tentei tirá-lo de cima de mim.

Apertei o seu pescoço com alguma força para a calar - Estou prestes a por-te a porcaria de uma mordaça na boa. Acredita, não vai gostar  - avisei sériamente. Pressionei o meu corpo contra o dela.

O meu olhar fechou-se. A minha boca estava seca, tudo ao meu redor estava diferente. Eu sentia um nojo crescente em mim. Engoli em seco.

- Pára de fazer cara de enjoadinha. - susurrei, revirando os olhos. Ela era a primeira gaja que não estava feliz por me ter na cama. O que até fazia sentido, dado que ela também era a única rapariga que obrigava a estar naquela situação. Rocei o meu membro semi-erecto na entrada dela, porém ainda havia os boxers a separar pele contra pele.

Como queria ele, que eu parasse de fazer aquela cara de enjoada, quando a sua presença me metia enjoada? Ele era um porco e estava prestes a fazer uma coisa monstruosa de se fazer. Tipos como ele, na cadeia não sobreviveriam. Olhei-o nervosa. Não queria, não queria..

Estava cada vez mais convencido que nem para o sexo ela tinha utilidade. Tão magrinha e sem graça. Uma porcaria. Mais valia ir divertir-me com uma das minhas prostitutas. 
- Até dás pena, porra. 
 

Os seus comentários eram esquecidos em segundos. Tudo o que me interessava naquele momento era sair dali. Estar exposta a ele, saber que a qualquer segundo ele podia-me tocar, shh.. que nojo..

Agora tinha um dilema. Se parasse por ali, ia parecer fraco. Se não parasse, ia violá-la. Além disso, eu não estava completamente excitado com tudo aquilo. Era o medo que me excitava e ela parecia uma mosca morta agora.

Não conseguia encará-lo, pelo que tive que olhar em redor e procurar um lugar qualquer, para pousar aí os meus olhos. Não entendia bem se aquilo era apenas para me assustar, ou se sempre seguia em frente.

Decidi seguir em frente e continuar com aquilo. Seria a vingança por me ter esfaqueado e matado dois dos meus homens. Retirei os meus boxers e limitei-me em pensar em vingança. Apertei novamente o seu maxilar e fi-la encarar-me.

Recomecei a chorar quando me apercebi que ele seguia em frente, naquilo. Tive uma enorme vontade de morrer naquele preciso momento. Não o consegui encarar. Os meus olhos voltaram a fugir dele.

- Abre a merda dos olhos - ordenei num tom exigente. Ela ia encarar-me, a bem ou a mal. Se ela não o fizesse, seria pior. Não haveria volta a dar. Eu tirar-lhe ia a virgindade e usá-la- ia até me fartar.

Abanei a cabeça e coloquei as mãos à frente dos olhos. - Não, deixa-me.. - Não o conseguia encarar numa hora daquelas. Ele que não me obrigasse a vê-lo divertir-se com o meu corpo.

Segurei com força os seus pulsos e afastei as mãos da sua cara. Então aí vi um rápido lampejo da cor dos seus olhos antes que ela os fechasse. Foi nesse preciso momento que avancei, penetrando-a profundamente. O que não foi fácil, dado que ela era apertadinha. 

já está. caraças, este gajo mete mesmo nojo

- Não, por favor.. não.. - mas já era tarde de mais, ele avançara. O meu corpo arqueou-se como um lapejo de dor. Gemi dolorosamente e recomecei a chorar. Visualizei-o a movimentar-se por cima de mim. Eu estava quase inerte.

pobre coitada.. esse gajo é uma shit

Parte de mim sentia-se mal por lhe estar a fazer isto. Por outro lado, estava a apreciar o seu medo e dor. Eu era um sacana pervertido e sabia-o mas nunca me imaginara a violar alguém. 
Já que ela não estava a cooperar, teria de me divertir sozinho. Com as mãos nos seus seios, fui movimentando-me dentro dela, balançando-me sobre o seu corpo.